tag:blogger.com,1999:blog-341720962024-03-14T01:41:49.910-03:00Humano, demasiado humano..."Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o!" - NietzscheAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.comBlogger109125tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-4787268497294960222011-09-27T12:10:00.000-03:002011-09-27T12:10:06.792-03:00IV CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA E HUMANIDADES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-Paa8ibVk_PU/ToHnEDPD_eI/AAAAAAAAAsc/fVXF1HaQeqI/s1600/capa_alex.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-Paa8ibVk_PU/ToHnEDPD_eI/AAAAAAAAAsc/fVXF1HaQeqI/s320/capa_alex.jpg" width="262" /></a></div><div align="center"><a href="http://www.delphosfilosofia.com/">http://www.delphosfilosofia.com/</a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-30323211303967496352011-08-04T15:25:00.000-03:002011-08-04T15:25:24.716-03:00POEMA EM LINHA RETA - Fernando Pessoa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-B9EUsDJeWfk/Tjrj4Y3FyCI/AAAAAAAAAsI/Gy7THGgaJyo/s1600/an%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-B9EUsDJeWfk/Tjrj4Y3FyCI/AAAAAAAAAsI/Gy7THGgaJyo/s320/an%25C3%25A3o.jpg" width="243" /></a></div><ul><div style="text-align: left;">Nunca conheci quem tivesse levado porrada.</div><div style="text-align: left;">Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.</div>
<div style="text-align: left;">E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,</div><div style="text-align: left;">Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,</div><div style="text-align: left;">Indesculpavelmente sujo,</div><div style="text-align: left;">Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,</div><div style="text-align: left;">Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,</div><div style="text-align: left;">Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,</div><div style="text-align: left;">Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,</div><div style="text-align: left;">Que tenho sofrido enxovalhos e calado,</div><div style="text-align: left;">Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;</div><div style="text-align: left;">Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,</div><div style="text-align: left;">Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,</div><div style="text-align: left;">Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,</div><div style="text-align: left;">Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado</div><div style="text-align: left;">Para fora da possibilidade do soco;</div><div style="text-align: left;">Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,</div><div style="text-align: left;">Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.</div>
<div style="text-align: left;">Toda a gente que eu conheço e que fala comigo</div><div style="text-align: left;">Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,</div><div style="text-align: left;">Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...</div>
<div style="text-align: left;">Quem me dera ouvir de alguém a voz humana</div><div style="text-align: left;">Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;</div><div style="text-align: left;">Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!</div><div style="text-align: left;">Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.</div><div style="text-align: left;">Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?</div><div style="text-align: left;">Ó príncipes, meus irmãos,</div>
<div style="text-align: left;">Arre, estou farto de semideuses!</div><div style="text-align: left;">Onde é que há gente no mundo?</div>
<div style="text-align: left;">Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?</div>
<div style="text-align: left;">Poderão as mulheres não os terem amado,</div><div style="text-align: left;">Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!</div><div style="text-align: left;">E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,</div><div style="text-align: left;">Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?</div><div style="text-align: left;">Eu, que venho sido vil, literalmente vil,</div><div style="text-align: left;">Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.</div>
<dd style="text-align: left;"><i>Álvaro de Campos</i></dd></ul>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-15742664971615445022011-08-04T01:40:00.000-03:002011-08-04T01:40:26.803-03:00Um pouco de Juvenal Arduini...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-PVcIr2ilnuE/TjoiqWFtyfI/AAAAAAAAArg/bMljBHXqhwI/s1600/arrependimento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-PVcIr2ilnuE/TjoiqWFtyfI/AAAAAAAAArg/bMljBHXqhwI/s320/arrependimento.jpg" width="241" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><span lang="PT"><br />
</span></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><span lang="PT">"O ser humano é ambivalente. Conhecido e estranho, próximo e distante, transparente e opaco. O ser humano canta e protesta, dança e agride, congrega e dispersa. O ser humano é diáfano e indevassável, lúcido e nebuloso, acessível e inabordável. Circula pelas ruas, mas também recolhe-se na intimidade. O ser humano expande-se festivamente e tranca-se amargamente. É lógico e ilógico.</span><o:p></o:p></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><span lang="PT">O ser humano é linguagem pluriforme. Fala e silencia, grita e emudece, gargalha e enclausura-se. O ser humano é palavra ofertada e palavra recusada. E recusar a palavra aos outros é rejeitá-los. O ser humano é fonte exuberante de comunicação, e também núcleo rígido de incomunicação. Comunicabilidade e incomunicabilidade são duas faces do existir humano. O ser humano é diálogo fecundo e monólogo estéril.</span><o:p></o:p></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><span lang="PT">O ser humano é torrente de amor. Amar é expressão de vida, êxtase, paixão, impulso vital. É Eros. Mas o ser humano pode também gotejar ódio feroz. O ódio é filho de Tânatos. O ser humano é mistura de Eros e Tânatos. Quando o amor se perverte, converte-se em ódio implacável. Seres que se amavam apaixonadamente passam a odiar-se rancorosamente. E o “amante” chega a assassinar o “ amado”.</span><o:p></o:p></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><span lang="PT">O ser humano é fértil em criações. Cria vida, saúde, pão, paz, ciência, tecnologia. Mas o ser humano é também niilista. Incinera o mundo. Basta ver a guerra. O ser humano constrói maravilhas, mas também pode arrasá-las. Planta a semente e desintegra a germinação.</span><o:p></o:p></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><span lang="PT">Pai luta para ter filho; e pai estupra a carne de sua carne. Mãe sangra para sustentar o filho; e mãe abandona ou estrangula o recém-nascido.</span><o:p></o:p></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><span lang="PT">O ser humano sente necessidade de convivência e solidariedade. Mas é também anti-social. A discriminação, o fanatismo e o sectarismo esfiapam o tecido da sociabilidade. O ser humano fascina. As pessoas seduzem pelo amor e pela beleza, pela inteligência e pela bondade. Mas também as pessoas intimidam e ameaçam com violências e assassinatos. O ser humano cativa com afeição e algema com servidão.</span><o:p></o:p></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><span lang="PT">O ser humano é águia altiva que recorta horizontes vastos. E é também verme que rasteja. O ser humano empolga pelos avanços científicos e históricos, e frustra pela vulgaridade e pelo aviltamento. A fronte do ser humano roça a face de Deus, mas seus passos escorregam na lama. O ser humano dignifica-se pela fidelidade e abastarda-se pela traição.</span><o:p></o:p></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i><span lang="PT">O ser humano é paradoxo antropológico. Muitos exaltam a grandeza do ser humano. Outros muitos lhe estigmatizam a vileza. O ser humano não se define por conceito matemático. É seqüência de contrastes. É campo de “joio e trigo”. É ser em devenir. Pode acertar e pode errar. Pode fazer-se e desfazer-se. Mas abriga potencial para re-fazer-se. O ser humano é capaz de eliminar o ódio, a perversidade, a destruição. E pode propulsar energias criadoras inteligentes que amadureçam a consciência, redirecionem a liberdade, cultivem o amor, promovam a justiça, efetivem a solidariedade e assumam a responsabilidade.</span><o:p></o:p></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>O ser humano é oscilante. É paradoxo. Avança e recua, atrai e expulsa, ergue-se e recai, edifica e pulveriza, arrisca-se e amoita-se. O ser humano não é apenas herança. É decisão. É gênese existencial. É conquista de todos os dias. Lidar com o ser humano é lidar com o paradoxo."</i></b></span></span><span style="font-size: 9.0pt;"><o:p></o:p></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-57750833393781840412011-08-04T01:31:00.000-03:002011-08-04T01:31:22.464-03:00Só sei que nada sei<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-qKJgzaIXR3Y/Tjogjlra_hI/AAAAAAAAArY/fEb3C12g5hU/s1600/pensar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="318" src="http://3.bp.blogspot.com/-qKJgzaIXR3Y/Tjogjlra_hI/AAAAAAAAArY/fEb3C12g5hU/s320/pensar.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><st1:hm w:st="on"><br />
</st1:hm></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><st1:hm w:st="on">Saber</st1:hm> <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">nada</st2:verbetes> se sabe, é o <st2:verbetes w:st="on">passo</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">mais</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">importante</st2:verbetes> de <st2:verbetes w:st="on">toda</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">filosofia</st2:verbetes> de Socrátes e uma das <st2:verbetes w:st="on">maiores</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">contribuições</st2:verbetes> <st1:dm w:st="on">para</st1:dm> a <st1:dm w:st="on">arte</st1:dm> do <st1:hdm w:st="on">filosofar</st1:hdm>. <st2:verbetes w:st="on">Embora</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">muitos</st2:verbetes> filósofos façam oposição a <st2:verbetes w:st="on">esse</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">fundamental</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">mestre</st2:verbetes> do <st2:verbetes w:st="on">pensamento</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">ocidental</st2:verbetes>, é de se <st1:hm w:st="on">reconhecer</st1:hm> o <st2:verbetes w:st="on">grande</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">mérito</st2:verbetes> de <st2:verbetes w:st="on">sua</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">tomada</st2:verbetes> de <st2:verbetes w:st="on">consciência</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">sobre</st2:verbetes> a <st2:verbetes w:st="on">própria</st2:verbetes> finitude do <st1:hm w:st="on">ser</st1:hm> <st2:verbetes w:st="on">humano</st2:verbetes>, a <st2:verbetes w:st="on">fronteira</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">entre</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">cada</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">homem</st2:verbetes> e <st2:verbetes w:st="on">aquilo</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">ele</st2:verbetes> chamaria de <st2:verbetes w:st="on">ente</st2:verbetes> <st3:sinonimos w:st="on">oculto</st3:sinonimos>. </span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O <st2:verbetes w:st="on">mestre</st2:verbetes> de Platão dá a essa <st2:verbetes w:st="on">experiência</st2:verbetes>, do <st2:verbetes w:st="on">ente</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">fora</st2:verbetes> de <st1:dm w:st="on">alcance</st1:dm>, o <st1:dm w:st="on">sutil</st1:dm> <st2:verbetes w:st="on">nome</st2:verbetes> de <st1:dm w:st="on">ignorância</st1:dm>, <st2:verbetes w:st="on">afinal</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">tal</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">experiência</st2:verbetes> revela o <st1:dm w:st="on">próprio</st1:dm> <st1:hm w:st="on">saber</st1:hm> <st2:verbetes w:st="on">humano</st2:verbetes>. Saber-se <st2:verbetes w:st="on">ignorante</st2:verbetes> é <st1:hdm w:st="on">ter</st1:hdm> <st2:verbetes w:st="on">contato</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">com</st2:verbetes> a <st2:verbetes w:st="on">essência</st2:verbetes> da <st1:dm w:st="on">verdade</st1:dm>, a <st2:verbetes w:st="on">qual</st2:verbetes> implica necessariamente na <st1:dm w:st="on">Verdade</st1:dm> <st2:verbetes w:st="on">Absoluta</st2:verbetes>, o <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">também</st2:verbetes> poderíamos <st1:hm w:st="on">chamar</st1:hm> de <st2:verbetes w:st="on">Ente</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">ou</st2:verbetes> <st1:dm w:st="on">Substância</st1:dm> <st2:verbetes w:st="on">Suprema</st2:verbetes>, Absoluto ou Uno.</span></div><div class="MsoBodyTextIndent"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma <st2:verbetes w:st="on">vez</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> tomamos <st2:verbetes w:st="on">consciência</st2:verbetes> deste <st2:verbetes w:st="on">caráter</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">metafísico</st2:verbetes> da <st1:dm w:st="on">verdade</st1:dm>, <st2:verbetes w:st="on">nos</st2:verbetes> livramos de <st2:verbetes w:st="on">qualquer</st2:verbetes> <st1:dm w:st="on">pretensão</st1:dm> de rete-lá, hegemoniza-la, <st2:verbetes w:st="on">ou</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">termos</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">plena</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">posse</st2:verbetes> dela. O <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">nos</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">deixa</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">mais</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">livres</st2:verbetes> <st1:dm w:st="on">para</st1:dm> <st1:hm w:st="on">contemplar</st1:hm> a <st1:dm w:st="on">beleza</st1:dm> de <st2:verbetes w:st="on">um</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">pensamento</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> se submete à <st2:verbetes w:st="on">urgências</st2:verbetes>, <st2:verbetes w:st="on">prazos</st2:verbetes> e <st2:verbetes w:st="on">objetivos</st2:verbetes> estagnantes. <st2:verbetes w:st="on">Diante</st2:verbetes> de <st2:verbetes w:st="on">tal</st2:verbetes> possibilidade é <st2:verbetes w:st="on">prazerosamente</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">viável</st2:verbetes> uma <st2:verbetes w:st="on">filosofia</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">desprovida</st2:verbetes> de <st2:verbetes w:st="on">qualquer</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">proselitismo</st2:verbetes>.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> A <st2:verbetes w:st="on">conhecimento</st2:verbetes> da <st2:verbetes w:st="on">própria</st2:verbetes> <st1:dm w:st="on">ignorância</st1:dm> <st2:verbetes w:st="on">nos</st2:verbetes> faz <st1:hm w:st="on">olhar</st1:hm> <st2:verbetes w:st="on">com</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">mais</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">solicitude</st2:verbetes> e <st2:verbetes w:st="on">critério</st2:verbetes> <st1:dm w:st="on">para</st1:dm> a <st1:dm w:st="on">realidade</st1:dm> e <st1:dm w:st="on">para</st1:dm> os <st2:verbetes w:st="on">objetos</st2:verbetes>. <st2:verbetes w:st="on">Aquele</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">não</st2:verbetes> se sabe desconhecedor ouve <st2:verbetes w:st="on">em</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">tudo</st2:verbetes> uma <st2:verbetes w:st="on">eco</st2:verbetes> de <st2:verbetes w:st="on">si</st2:verbetes> <st1:dm w:st="on">próprio</st1:dm>, ao <st2:verbetes w:st="on">invés</st2:verbetes> de se <st1:hm w:st="on">abrir</st1:hm> <st1:dm w:st="on">para</st1:dm> os <st2:verbetes w:st="on">sentidos</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">próprios</st2:verbetes> de <st2:verbetes w:st="on">cada</st2:verbetes> <st1:dm w:st="on">aspecto</st1:dm> <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> se <st2:verbetes w:st="on">desvela</st2:verbetes> a <st2:verbetes w:st="on">sua</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">frente</st2:verbetes>. A <st2:verbetes w:st="on">autêntica</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">reflexão</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">busca</st2:verbetes> <st1:hm w:st="on">saber</st1:hm> o <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> as <st2:verbetes w:st="on">coisas</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">realmente</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">são</st2:verbetes> e <st2:verbetes w:st="on">não</st2:verbetes> o <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> desejamos <st2:verbetes w:st="on">que</st2:verbetes> <st2:verbetes w:st="on">elas</st2:verbetes> venham a <st1:hm w:st="on">ser</st1:hm>.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-2094857478417533262011-08-04T01:21:00.001-03:002011-08-04T01:21:53.290-03:00A ESTÉTICA FILOSÓFICA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQavbORQjH8wHY1Rui09UfsRe9xZjzqAmabcJK_Cwfw8b7VBlmegahvw8pq8F1kPMMutROsWm7iiCHMSANsgQZDrhis7xE7ylr0UNfzKXd_ALjlsHJZKpi0y8ecS9AjOg4/s1600/melhoresfotos_f_022.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQavbORQjH8wHY1Rui09UfsRe9xZjzqAmabcJK_Cwfw8b7VBlmegahvw8pq8F1kPMMutROsWm7iiCHMSANsgQZDrhis7xE7ylr0UNfzKXd_ALjlsHJZKpi0y8ecS9AjOg4/s320/melhoresfotos_f_022.jpg" width="320" /></a></div><div style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 3.75pt; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 3.75pt; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">A palavra estética vem do grego <i>aisthesis</i></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> e significa "faculdade de sentir", "compreensão pelos sentidos", "percepção totalizante". Sendo, em primeiro lugar, individual, concreta e sensível, oferece-se aos nossos sentidos; em segundo lugar, sendo uma interpretação simbólica do mundo, sendo uma atribuição de sentido ao real e uma forma de organização que transforma o vivido em objeto de conhecimento, proporciona a compreensão pelos sentidos; ao se dirigir, enquanto conhecimento intuitivo, à nossa imaginação e ao sentimento, toma-se em objeto estético por excelência.</span></div><div style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 3.75pt; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Do ponto de vista estritamente filosófico, a estética estuda racionalmente o belo e o sentimento que este desperta nos homens. Em especial, no período Clássico</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">, a idéia do Belo desempenha importante papel. Todavia, a obra de Plotino sobre o belo possui uma tônica de misticismo que é pouco especulada nos tempos atuais; sente-se nela o desejo e o esforço de uma alma que quer se encontrar e ao mesmo tempo se perder no Uno </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">universal e inefável. Esse arrebatamento da alma, esse êxtase foi que impressionou Bergson ao ler as Enéadas, o que explica o fato de o autor das Duas Fontes Ter colocado Plotino acima de todos os filósofos.</span></div><div style="margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 3.75pt; margin-right: 3.7pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 31.65pt;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 117.0pt; margin-right: 3.7pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 11pt;">A Beleza, essa beleza que também é o Bem, deve ser colocada como primeira realidade. Imediatamente depois dela vem a inteligência, que é uma manifestação proeminente da Beleza. A Alma é bela mediante a Inteligência. As outras belezas, por exemplo as das ações e ocupações, provêm do fato de a Alma imprimir nelas a sua Forma, a qual também é responsável por toda a beleza que há no mundo sensível, pois sendo um ente divino, um fragmento da Beleza primordial, ela torna belas todas as coisas que toca e domina, contanto que ela mesma participe da Beleza. (PLOTINO, 2002, p. 30).<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 3.75pt; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 31.65pt;"><br />
</div><div style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Ao estudarmos Plotino em Estética, podemos verificar uma filosofia que quer ser síntese não repetitiva, ensina afirmando: o homem ou sua alma, deve se esforçar, livremente, para buscar o caminho da perfeição, alcançando a visão direta ou o caminho experencial com o Uno-Bem-Belo-Infinito, fonte e meta de tudo, portanto, também da alma. Esta, para alcançar este fim, deve se converter e se tornar noûs, mediante o retorno constante ao seu Princípio, autoconstituindo-se hispóstase pela visão pluralizada a partir da unidade absoluta e total com o Uno-Infinito. Esta experiência infinita faz com que a alma alcance a plenitude de sua liberdade, tornando-se consciência do que sempre foi, a saber, desde sua origem, parte do mundo do espírito.</span></div><div style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 16px; line-height: normal;">E assim podemos afirmar concluindo, com Plotino, que o real nunca é a somatória de elementos de uma existência separada, múltipla, mas é essencialmente polaridade de termos que se sustentam, ou seja, unidade, no sentido mais absoluto do termo.</span></div><div style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 3.75pt; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-48483045398083034222011-05-03T00:19:00.000-03:002011-05-03T00:19:27.005-03:00I Simpósio de Filosofia Patrística e Medieval da Faculdade São Bento<h3 class="post-title entry-title" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: url(http://www2.blogblog.com/rounders3/icon_arrow.gif); background-origin: initial; background-position: 10px 0.5em; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-color: rgb(187, 187, 187); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; border-left-color: rgb(187, 187, 187); border-left-style: dotted; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(187, 187, 187); border-right-style: dotted; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(187, 187, 187); border-top-style: dotted; border-top-width: 0px; color: #333333; display: block; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 13px; font: normal normal bold 24px/normal 'Covered By Your Grace'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 2px; padding-left: 29px; padding-right: 14px; padding-top: 2px;"><br />
</h3><div class="post-header" style="color: #333333; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content" id="post-body-2051156270631195955" style="border-bottom-color: rgb(255, 255, 255); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 0px; border-left-color: rgb(187, 187, 187); border-left-style: dotted; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(187, 187, 187); border-right-style: dotted; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(187, 187, 187); border-top-style: dotted; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 1px; padding-left: 29px; padding-right: 14px; padding-top: 10px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhow7aLcLIzUSD8VIJo5Q_ccVf3wAcORfEAFzbSQtfaH7h0LULBTnbF9MZovJ4ZQtQfKPAXzfxPAi5NAU0rmbb92IX_qZGH8J5teq2lvsI_A_utKPNLYU52ZaIKBXcgbWub1p6RWA/s1600/simposio-filosofia.jpg" imageanchor="1" style="color: #445566; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhow7aLcLIzUSD8VIJo5Q_ccVf3wAcORfEAFzbSQtfaH7h0LULBTnbF9MZovJ4ZQtQfKPAXzfxPAi5NAU0rmbb92IX_qZGH8J5teq2lvsI_A_utKPNLYU52ZaIKBXcgbWub1p6RWA/s640/simposio-filosofia.jpg" style="border-bottom-color: rgb(187, 187, 187); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-left-color: rgb(187, 187, 187); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(187, 187, 187); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(187, 187, 187); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 4px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 4px;" width="364" /></a></div><br />
<br />
Tema: O medievo e a hermenêutica do mal<br />
<br />
Dias 09 e 10 de maio de 2011<br />
<br />
no Anfiteatro da Faculdade São Bento de São Paulo<br />
<br />
<strong>Conferencistas:</strong><br />
<br />
Prof. Dr. Lorenzo Mammi (Usp)<br />
<br />
Prof. Dr. Jorge Augusto da Silva Santos (Ufes)<br />
<br />
Prof. Dr. Paulo Ricardo Martines (Uem)<br />
<br />
Prof. Dr. Roberto H. Pich (PUC)<br />
<br />
<br />
As inscrições serão de 07 de março a 18 de abril. Ligar para 11-3328-8796 ou email: <a href="mailto:m.gracioso@terra.com.br" style="color: #445566;">m.gracioso@terra.com.br</a> </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-35592036599345104662011-04-23T15:47:00.000-03:002011-04-23T15:47:17.960-03:00Repensando a Vida<div class="post-body entry-content" id="post-body-7563714154272874849" style="color: #5e5e5e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.4; position: relative; width: 498px;"><div align="justify"><span style="color: #006600;">Por sentir-me “<span style="color: #000099;">contemplando o passado com os olhos voltados para a eternidade</span>”, é que partilho com os amigos o texto de <em>Leonardo Boff</em>, que traz uma reflexão profunda e pessoal sobre a vida e o envelhecer ao completar seus 70 anos.</span></div><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRR_Ght2ExX3ZOrk_TKmckQbvIucH6hO4KxP5mqXQaBvJCqMzYXIszHprkW7EUGNbgrAxiGUJYK9T1vz602gmePK-D2rkVqZ-LQ0VmG0RmpNvu5ifdeApQH8A_B20qYRWbeZnamg/s1600-h/agradecer2q.jpg" style="color: #3c7ab5; text-decoration: none;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5363318432951540466" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRR_Ght2ExX3ZOrk_TKmckQbvIucH6hO4KxP5mqXQaBvJCqMzYXIszHprkW7EUGNbgrAxiGUJYK9T1vz602gmePK-D2rkVqZ-LQ0VmG0RmpNvu5ifdeApQH8A_B20qYRWbeZnamg/s400/agradecer2q.jpg" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; display: block; height: 257px; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; position: relative; text-align: center; width: 400px;" /></a><span style="color: #000099;">Completo 70 anos. Pelas condições brasileiras, me torno oficialmente velho. Isso não significa que estou próximo da morte, porque esta pode ocorrer já no primeiro momento da vida. Mas é uma outra etapa da vida, a derradeira. Esta possui uma dimensão biológica, pois irrefreavelmente o capital vital se esgota, nos debilitamos, perdemos o vigor dos sentidos e nos despedimos lentamente de todas as coisas. De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacientes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas.<br />
Mas há um outro lado, mais instigante. A velhice é a última etapa do crescimento humano. Nós nascemos inteiros. Mas nunca estamos prontos. Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino. Estamos sempre em gênese. Começamos a nascer, vamos nascendo em prestações ao longo da vida até acabar de nascer. Então entramos no silêncio. E morremos.<br />
A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e finalmente terminar de nascer. Neste contexto, é iluminadora a palavra de <em>São Paulo</em>: "<span style="color: #cc0000;">na medida em que definha o homem exterior, nesta mesma medida rejuvenesce o homem interior</span>" (2Cor 4,16). A velhice é uma exigência do homem interior. Que é o homem interior? É o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Esta identidade devemos encará-la face a face.<br />
Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas máscaras que a vida nos impõe. Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis. (...) Mas há um momento em que tudo isso é relativizado e vira pura palha. Então deixamos o palco, tiramos as máscaras e nos perguntamos: Afinal, quem sou eu? Que sonhos me movem? Que anjos que habitam? Que demônios me atormentam? Qual é o meu lugar no desígnio do Mistério? Na medida em que tentamos, com temor e tremor, responder a estas indagações vem à lume o homem interior. A resposta nunca é conclusiva; perde-se para dentro do Inefável.<br />
Este é o desafio para a etapa da velhice. Então nos damos conta de que precisaríamos muitos anos de velhice para encontrar a palavra essencial que nos defina. Surpresos, descobrimos que não vivemos porque simplesmente não morremos, mas vivemos para pensar, meditar, rasgar novos horizontes e criar sentidos de vida. Especialmente para tentar fazer uma síntese final, integrando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria. É ilusão pensar que esta vem com a velhice. Ela vem do espírito com o qual vivenciamos a velhice como a etapa final do crescimento e de nosso verdadeiro Natal.<br />
Por fim, importa preparar o grande Encontro. <em><strong>A vida não é estruturada para terminar na morte, mas para se transfigurar através da morte</strong></em>. Morremos para viver mais e melhor, para mergulhar na eternidade e encontrar a Última Realidade, feita de amor e de misericórdia. Aí saberemos finalmente quem somos e qual é o nosso verdadeiro nome.<br />
Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testamento: "<span style="color: #cc0000;">contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade</span>".</span></div><span style="color: #000099;"><div align="right"><span style="color: #990000;"><em><strong>Leonardo Boff</strong></em></span></div></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-77901596049234817162011-04-14T22:00:00.000-03:002011-04-14T22:00:23.628-03:00Deleuze e a questão da Educação<div class="post-body entry-content" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
Prof. Jackislandy Meira de M. Silva</div><div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Para Gilles Deleuze, filósofo e pensador francês do século passado para quem a Filosofia precisa trazer no seu bojo uma habilidade do sujeito para com o mundo das coisas “já feitas”, imputando nelas conceitos como consequência de um movimento, de um fluxo, de uma torrente de vida que procura distinguir o real do virtual, é muito importante que o debate educacional seja eminentemente crítico.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Não uma crítica pela crítica, mas a crítica pelo esclarecimento, onde o educador jogue luzes sobre um mundo a ser conhecido, a ser tomado pela reflexão.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">O que dá sentido à Filosofia, no entender de Deleuze, é uma teoria das multiplicidades, impregnada pelo devir de Heráclito de um modo processual de movimentos, assumidamente intenso e extenso que dificilmente poderíamos trocar em miúdos aqui, devido à escassez de tempo e de espaço.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Todavia, aventurando-se a tocar na cerviz de seu pensamento, é notório conceber dois tipos de multiplicidades(extensivas e intensivas) que substitui o velho dualismo entre o uno e o múltiplo por outro, na medida em que essas multiplicidades não pertencem a dois mundos separados, incomunicáveis, opostos, mas pertencem a um só e mesmo mundo. Por Deleuze, mostra-se para nós, uma Filosofia intensamente pragmática, na qual experimentar é sua constante palavra de ordem. “Não basta dizer VIVA O MÚLTIPLO. É preciso fazer o múltiplo” <span style="font-size: xx-small;">(Gilles Deleuze, Mil Platôs, pág. 14).</span></div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Algo interessante no problema educacional é habilmente percebido por Deleuze que reconhece algo de mistério no aprender. O aprender é consequência de um encontro intempestivo e sem finalidade com o heterogêneo de uma multiplicidade intensiva.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.91cm;">“<span style="font-size: xx-small;">Nunca se sabe como uma pessoa aprende; mas, de qualquer forma que aprende, é sempre por intermédio de signos, perdendo tempo, e não pela assimilação de conteúdos objetivos” </span><span style="font-size: xx-small;">(Gilles Deleuze, Proust e os signos, pág. 21. 2003).</span></div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Deleuze estabelecia com as ondas do mar uma relação de muita estranheza, tanto é que adorava dar o exemplo do aprender a nadar como constituindo justamente esse encontro com o heterogêneo:</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.91cm;">“<span style="font-size: xx-small;">O movimento do nadador não se assemelha ao movimento da onda; e, precisamente, os movimentos do professor de natação, movimentos que reproduzimos na areia, nada são em relação aos movimentos da onda, movimentos que só aprendemos a prever quando os aprendemos praticamente como signos. Eis porque é tão difícil dizer como é que alguém aprende: há uma familiaridade prática, inata ou adquirida, como os signos, que faz de toda a educação algo de amoroso, mas também de mortal. Os nossos únicos mestres são aqueles que nos dizem ‘faça comigo’ e que, em vez de nos proporem gestos para reproduzir, sabem emitir signos a serem desenvolvidos no heterogêneo” </span><span style="font-size: xx-small;">(idem, Diferença e repetição, p. 54, 1988).</span></div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Portanto, a violência travada no encontro com o diferente não impede que se entre em ressonância com ele. Até porque, para Deleuze, apaixonar-se é aprender, mas talvez, ousássemos inverter a definição e afirmar que aprender é apaixonar-se.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.91cm;">“<span style="font-size: xx-small;">Apaixonar-se é individualizar alguém pelos signos que (esse alguém) traz consigo ou emite” </span><span style="font-size: xx-small;">(idem, Proust e os signos, p. 7, 2003).</span></div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="font-size: xx-small;">jackislandy Meira de Medeiros Silva - </span><span style="color: blue; font-size: xx-small;"><u><a href="mailto:jacksil05@yahoo.com.br" style="color: #5588aa; text-decoration: none;" target="_blank">jacksil05@yahoo.com.br</a></u></span></div><div style="line-height: 19px; margin-bottom: 0.35cm; margin-top: 0.49cm;"><br />
</div><div style="line-height: 19px; margin-bottom: 0.35cm; margin-top: 0.49cm;"><br />
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;">Para saber mais:</span></span></b></div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-YlEFU-5p2v6b1-iwTzaHBRzGEKCtB1739rHkPyArjUZkQdOq2VZH45q4qTE6j40XZ5YqnM3fwaTa0pO1qqggHGfrwTUxzzb0zwP4dagbPNG1-xNi6Rnu5QdH59UGr6Jg746lkQ/s1600/Gilles-Deleuze.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #5588aa; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-YlEFU-5p2v6b1-iwTzaHBRzGEKCtB1739rHkPyArjUZkQdOq2VZH45q4qTE6j40XZ5YqnM3fwaTa0pO1qqggHGfrwTUxzzb0zwP4dagbPNG1-xNi6Rnu5QdH59UGr6Jg746lkQ/s1600/Gilles-Deleuze.jpg" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-left-color: rgb(204, 204, 204); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(204, 204, 204); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; padding-bottom: 4px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 4px;" /></a></div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">Deleuze foi professor e filósofo francês que, não escreveu sobre a educação. Porém suas reflexões são inusitadas, diferentes, inconformistas. Atributos que não faltam à vasta produção desse pensador. Graduado em Filosofia na Sorbonne, Deleuze foi professor secundário de Filosofia, pesquisador e professor universitário. O vigor e o inusitado, o inspirador e a consistência que marcaram seu pensamento justificam o deslocamento da obra de Deleuze para o campo da Educação.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: xx-small;">Filósofo francês nascido em 1925, Gilles Deleuze foi contemporâneo e amigo de Michel Foucault. O seu grande contributo para a Filosofia reside em grande parte na vasta quantidade de estudos dedicados à sua história. Na opinião de Deleuze, a Filosofia, tal como qualquer outra disciplina, possuí uma função específica: </span><span style="font-size: xx-small;"><i><b>criar conceitos</b></i></span><span style="font-size: xx-small;">. São os conceitos que impedem que o pensamento seja confundido com "uma simples opinião".</span></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-23711603892640703652011-04-07T18:42:00.002-03:002011-04-07T18:42:40.688-03:00Diálogo o início do educar: Paulo Freire<div class="date-posts" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif;"><div class="post-outer"><div class="post hentry" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 1.5em;"><div class="post-body entry-content" style="line-height: 1.6em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div align="RIGHT" style="font-size: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Joelson Silva de Araújo</span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-size: 13px; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Não podemos negar a contribuição que esse educador deu para a construção de uma educação crítica e consciente das ações realizadas no presente, tendo em vista um futuro melhor. Só conseguimos desenvolver e melhorar a nossa educação quando primeiramente tivermos um plano, com objetivos delimitados e metas a serem alcançadas; porém não é só o projeto que desenvolve a educação, e sim a realização desse projeto, que parece ser o que falta no Brasil, parece que falta também paciência para se observar o desenrolar desses projetos. Diante disso, é fundamental que nós pensemos que os problemas educacionais não são resolvidos de uma hora para outra, é preciso haver um controle que não interrompa a execução de projetos de médio e longo prazo. O problema brasileiro não é a construção de projetos para a melhoria da educação; observamos o quanto é grandioso o acervo de projetos que nos é apresentado nas escolas, nos estados, nas regiões. O que importa não é a quantidade de projetos, e sim a execução integral desses projetos que não presenciamos no país, quer dizer há uma interrupção na execução desses planos, por motivos políticos e individuais. </span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-indent: 1.25cm; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">É muito proveitoso pensar que em nosso país, como até mesmo em nossos municípios, há sempre interesses particulares que acabam com metas educacionais, com objetivos e principalmente com os resultados que se têm em vista. Isso desvia a educação do caminho certo, pois os interesses coletivos devem se sobrepor aos interesses particulares, principalmente na educação. Para alcançarmos resultados na educação é fundamental que planejamentos construídos pelos educadores brasileiros sejam executados de forma integral, mesmo sabendo que é um processo lento em que há uma contínua construção. Porque assim podemos saber em que progrediu o ensino nesse tempo, podemos também saber o que não deu certo nesse plano para que assim depois haja uma coação, deixando para trás as idéias que não foram proveitosas e estudando, dialogando novas formas para a melhoria do sistema educacional. È preciso fazer isso, que se trace um paralelo e haja uma mobilização na construção de uma boa educação para todos. Porém isso não parece acontecer muitas vezes em nosso país. Pois na maioria das vezes nos centros e principalmente nos recantos brasileiros há uma individualização da educação onde poucos decidem o futuro de muitos sem haver um diálogo crítico envolvendo toda a sociedade. Grupos agindo de forma autônoma, ou seja, fazendo suas próprias leis. Só que essa autonomia que podemos denominá-la de </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><u>autonomia exclusivista</u></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">, ou seja, que exclui a participação de grande parte dos envolvidos na prática das ações concernentes a educação; essa atitude tomada de forma livre por parte de poucos, muitas vezes atrapalha projetos que estão em andamento para o benefício da população. Isso se torna mais simples quando vemos que planos de instituições educacionais são simplesmente engolidos por outros planos que chegam em decorrência de uma nova gestão. Quer dizer, há uma construção durante certo tempo para que se avalie e melhore a educação, é há o interrompimento desse trabalho pela simples mudança de administração. a educação não pode ser tratada dessa forma, tem que se ir além desse pensamento de que em uma gestão se pode resolver os problemas apresentados; é preciso que se construa políticas que priorizem a realização de forma integral de projetos, independentemente de mudanças administrativas em qualquer instituição educacional. A educação tem que ser pensada não como um problema que temos que resolver, mas como uma construção a qual nós, obrigatoriamente devemos estar empenhados em sempre torná-la melhor. Como será que conseguimos isso? </span></span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Paulo Freire olhou atentamente para nossa educação para justamente tentar resolver essa pergunta. A conscientização pode ser considerada uma das respostas para essa pergunta, pois quando um povo se conscientiza dos seus problemas pode muito bem buscar formas de resolvê-los; a conscientização é o passo fundamental, porém só o conscientizar em si não resolve, pois é preciso que todos se empenhem em transformar aquilo de que a sua consciência é consciente. É preciso que a </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><i><u>práxis</u></i></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">, no sentido marxista, seja a grande guia nessa transformação social, fazendo com que ele reflita e em seguida lute para transformar os reflexos antes lhe apresentados. </span></span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Quando pensamos em educação temos que ter em vista que não se consegue transformar o ensino em apenas um ou dois anos. Esse processo pode levar décadas para se realizar, isso se houver, é claro, um planejamento específico e direcionado para os problemas apresentados. Interesses políticos fazem disso um desafio a ser superado. Ainda vemos muito pessoas, gestões, oligarquias que ao assumirem uma determinada instituição pensam logo em fazer um novo plano ou já tem um plano novo; sem parar para refletir que já há um projeto sendo realizado. O problema é que essas interrupções na maioria das vezes não contribuem, pois acabam tirando a chance de se obter resultados para a futura construção de um plano melhor. </span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Não é somente na elaboração de projetos referentes a escola como um todo que há essa falta de diálogo, muitas vezes há um desrespeito com o próprio educando que é o principal atingido com essa transição equivocada. Isso é visto por Paulo Freire como uma falta de respeito ao educando, na medida em que não há um diálogo do “educador” com o educando. Isso não contribui para uma sintonia governamental. Pois o professor não sabe a realidade do aluno, passa conteúdos sem haver uma preocupação com a pessoa, a humanidade do aluno. </span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Tratando dessa falta de diálogo, Paulo Freire coloca muito bem, no livro Pedagogia da Autonomia que essa construção, esse processo, essa edificação de uma educação crítica exige um respeito ao educando. É interessante, que muitos “educadores” não ouvem seus alunos; e na obra Freiriana já citada (Freire,p.30, 1996) há um questionamento sobre essa não participação do educando na construção de uma boa educação, o questionamento aparece da seguinte forma:</span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.18cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;">“<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que a violência é a constante e a convivência das pessoas é muito maior com a morte do que com a vida? [...] por que não discutir as implicações políticas e ideológicas de um tal descaso dos dominantes pelas áreas pobres da cidade?” </span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.18cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Com essas palavras, faz se referência a criticidade que precisamos na educação, em que haja uma construção, a partir de perguntas e não a imposição educacional por parte dos gestores. É importante que cada gestor saiba utilizar sua autonomia de forma inclusivista, ou seja, que inclua as idéias que lhe são oferecidas até mesmo por parte dos alunos, para que assim as normas e o próprio ensino seja autônomo por parte de todos. Para que assim se estabeleça uma grande e fundamental parceria entre os dois maiores beneficiados: o educador e o educando para que assim construam uma boa educação, guiada e direcionada para a melhoria de toda a sociedade. A educação precisa ser feita por todos, pois é ouvindo as diversas partes que a compõem que se detectam os problemas e assim se propõem novas idéias para resolvê-los; tendo como principais protagonistas todos aqueles que vêem um país melhor emergindo no horizonte de esperanças que se mostra vivo no coração e na mente dos brasileiros.</span></span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Quando falamos de educação de qualidade não podemos esquecer que para tê-la como realidade é fundamental que se exercite o diálogo, como início de um processo sempre aberto, um diálogo crítico que mostre realmente o melhor para todos. É isso que podemos captar de uma parte do pensamento de Paulo Freire, destacando o diálogo como espinha dorsal para o desenvolvimento da educação e para o permanecimento da mesma, como espaço sempre aberto para discutir e aperfeiçoar o intelecto desenvolvendo a vida humana.</span></span></div><div align="RIGHT" lang="pt-BR" style="font-size: 13px; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: xx-small;">Aluno de Filosofia. Caicó - Rio Grande do Norte/RN.</span></span></span></div></div></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-13959076909111553962011-03-31T19:10:00.000-03:002011-03-31T19:10:03.402-03:00A Ressignificância da unidade entre o Ensino e a Aprendizagem<div class="date-posts" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif;"><div class="post-outer"><div class="post hentry" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 1.5em;"><div class="post-body entry-content" style="line-height: 1.6em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div align="RIGHT" style="font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: xx-small;"><br />
Prof. Geverson Luz Godoy*</span></div><div align="RIGHT" style="font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">A pedagogia tradicional, bancária como dizia Paulo Freire, por acreditar no depósito de conhecimento que outrora seria propriedade do professor, tinha o professor como o centro do processo Educativo, sendo este processo conhecido como magistrocêntrico.</span></div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Passado algum tempo, hoje compreendemos a educação de outra forma. Sabemos que o ensino não garante a aprendizagem, porém não há significado existir o ensino, caso não exista a aprendizagem. O ensino seria estéril e inútil</span> <span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">sem a aprendizagem. Por este motivo temos acreditado nestes novos tempos, no século do conhecimento, que é necessário ressignificar a unidade entre, ensino e aprendizagem.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Falamos em ressignificação, ou seja, recriar o significado, transformar o já formatado. Para isto, na maioria das vezes é necessário desorganizar o que já parece pronto. Referimo-nos a transformação, processo onde todos são co-responsáveis por parte do crescimento. Por este motivo buscamos instrumentos de trabalho, onde o foco do conhecimento não é o professor, e sim o sujeito do conhecimento, aquele que busca o conhecer, seja ele o professor ou o aluno dentro da comunidade de aprendizagem investigativa.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Dentro da proposta do Centro de S.E.R. – Sistema de Ensino Reflexivo, este processo esta baseado em uma metodologia sócio-histórico-construtivista, fundamentado em uma visão humanista, onde é valorizado o conhecimento que o aluno traz de sua vida que não está vinculada somente ao banco escolar. Todo local é lugar de aprendizagem, porém na escola, podemos ressignificar o que acontece em nossas vidas, ligando o conceito com a prática. O aluno sabe fazer a prática e, o professor ajuda-o a conceituar as suas atitudes.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">O conhecimento é algo que está dentro do individuo e suas relações, primeiro consigo mesmo, depois com os outros e com o mundo. O sujeito não adquire o conhecimento por meio de cópia do que lhe parece real. É através de suas capacidades, habilidades e competências, que o aluno constrói juntamente com os demais indivíduos da comunidade de aprendizagem investigativa novos conceitos que dão significado ao seu existir, oportunizando a toda comunidade de aprendizagem novas possibilidades de ação.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Dentro do processo de ensino e aprendizagem, o “erro” possui o seu valor didático pedagógico, onde o sujeito da aprendizagem constrói as suas representações, que dentro de sua logicidade, possui verdadeiro sentido, que podem ser melhoradas com a ajuda do olhar da comunidade, incorporando novas ideias, transformando o já pensado em reflexão, alcançando um nível superior de conhecimento.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">A intervenção pedagógica deve atentar-se ao que denominamos idade cognitiva do aprendente, ao que compete o amadurecimento da compreensão dos alunos durante os estudos de fórmulas e conceitos. Deve-se ainda, levar em consideração, os conhecimentos que se apresentam em forma de senso comum pelos alunos, mas que podem ser lapidados pela comunidade, oferecendo o professor uma contribuição construtiva.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Estas são algumas pistas para alcançarmos o conhecimento dentro da comunidade de aprendizagem investigativa, onde o conhecer não é decorar fórmulas e regras matemáticas ou gramaticais. Para alcançar o conhecimento, o sujeito que o busca passa por um processo de modificação, aceitabilidade, reorganização, plasticidade e construção no que diz respeito à assimilação e interpretação de conteúdos estudados.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">A assimilação e interpretação de conteúdos, além de serem apropriações culturais e sociais, são propriedades do sujeito, portanto o sentido obtido do conhecimento é ainda subjetivo, fazendo do sujeito co-reponsável e co-autor de seu processo formativo.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">O conhecimento subjetivo é de estrema importância na perspectiva da aprendizagem, pois implica no simbolismo que é dado pelo aluno á parcela da realidade estudada, juntando com a percepção simbólica de toda a comunidade e fazendo relações entre a teoria e a prática.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Dentro desta perspectiva compreendemos a participação do professor como parte da comunidade de aprendizagem investigativa, mediador de conhecimentos, aquele que se ocupa como facilitador na aprendizagem, transformador e ressignificador de conceitos. Os conceitos são ferramentas que desenvolvem nos educandos habilidades de raciocínio que os levam a pensar com uma melhor qualidade e clareza, direcionando-os para um pensamento com excelência.</span></div><div align="JUSTIFY" style="font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: x-small;"><br />
</span></span></div><div align="JUSTIFY" style="font-size: 13px; margin-bottom: 0cm;">* <span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: xx-small;">Assessor filosófico-pedagógio S.E.R.</span></div></div></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-24728576995135326002011-03-27T12:12:00.000-03:002011-03-27T12:12:23.412-03:00O Labirinto Sagrado<div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"><u>O LABIRINTO SAGRADO:</u></span></b></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><b>Ensaios sobre religião, psique e cultura. </b></span></div><div style="text-align: center;">Novo livro do Prof. Pe. Marcial Maçaneiro, SCJ. - Paulus Editora</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><img height="320" src="http://www.dehoniana.org.br/images/cultura_livro.jpg" width="203" /></div><br />
“O labirinto sagrado” nos possibilita sondar o fascinante mundo da experiência religiosa: decifra antigas hierofanias; descreve a dança de eros no jardim da mística; acolhe o sentido transcendente da Natureza; indaga sobre a relação entre religião e cultura da paz; reivindica a ternura como força transformadora do humano.<br />
<br />
Nos oito ensaios temáticos (ordenados como coletânea) o autor tece um diálogo entre subjetividade e história, psique e cultura.<br />
<br />
Plural de um lado, coesa de outro, a abordagem tem sensibilidade antropológica e respeito pelo dado religioso.<br />
<br />
Em suas linhas conclusivas, elementos de fenomenologia religiosa propiciam o discernimento de novas perspectivas da espiritualidade cristã, aproximando Ciência da Religião e Teologia Espiritual. Afinal, uma e outra se cruzam no labirinto que somos nós, ora atraídas pela gravidade do centro, ora dispostas a sair e irradiar.<br />
<br />
Conteúdos da obra:<br />
<u>Primeira Parte – Coordenadas Globais</u><br />
<br />
<ul><li>Vivências originárias e senso do Sagrado</li>
<li>Hierofania, tempo e ritualidade</li>
<li>A água nas religiões: sacralidade e regeneração</li>
<li>Religiões e cultura da paz</li>
</ul><br />
<u>Segunda Parte – Perspectivas Cristãs</u><br />
<br />
<ul><li>A sacralidade interior e seus arquétipos</li>
<li>Eros, pessoa e ternura</li>
<li>Espiritualidade e paradigmas atuais</li>
<li>A “poética” do Evangelho</li>
</ul>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-86000093234241127202011-03-27T11:59:00.000-03:002011-03-27T11:59:51.062-03:00Religiões e Ecologia<div class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-align: center; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><img height="320" src="http://www.dehoniana.org.br/images/ecologia_livro.jpg" width="213" /></b></span></div><div class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-align: justify; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><br />
</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><br />
</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>“Ao lado da Ciência, da Educação e dos Governos, também as Religiões participam da tarefa ecológica, em benefício da vida na Terra. O diálogo entre Religiões e Ecologia é tão urgente quanto promissor: estabelece contatos, partilha valores, indica convergências e abre vias de ação conjunta” – assim se expressa o Prof. Pe. Marcial Maçaneiro, vice-diretor da Faculdade Dehoniana, ao apresentar seu livro <em>Religiões & Ecologia</em> (Paulinas, 2011).</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><br />
</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Ao longo dos séculos as Religiões traçaram “desenhos do mundo” e indagaram sobre o sentido do universo, propondo virtudes ecológicas como o cuidado, a partilha e a sobriedade no uso dos bens da natureza. É o que verificamos no Hinduísmo, Budismo, Culto dos Orixás, Judaísmo, Cristianismo e Islã – abordados didaticamente nesta obra.</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><br />
</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Tendo presente essas seis religiões, o livro se organiza em três partes, cada qual a partir de uma pergunta:</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><br />
</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Parte I – Como as religiões interpretam o cosmos e a natureza?</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Aqui se esclarece a <em>cosmovisão</em> de cada uma das seis religiões (Hinduísmo, Budismo, Candomblé, Judaísmo, Cristianismo e Islã) É a parte mais longa, por conta dos conteúdos milenares e das muitas narrativas religiosas sobre o mundo, a natureza e a humanidade. O leitor poderá seguir página por página, ou selecionar aquela religião que lhe for de interesse.</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><br />
</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Parte II – O que as religiões oferecem para o saber e o agir ecológicos?</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Trata dos <em>valores</em> ecológicos presentes nas religiões. Em tom propositivo, destacam-se sete contribuições das religiões para o saber e o agir ecológicos: episteme, profundidade, reconhecimento, virtudes, humanidade, engajamento e espiritualidade. Informações científicas e religiosas se articulam, com distinções e complementos significativos, numa linguagem descritiva e poética, além da explicação conceitual.</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><br />
</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Parte III – Que tarefas a ecologia solicita das religiões?</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Propõe as <em>tarefas ecológicas</em> que as religiões são chamadas a realizar, como parcela de sua responsabilidade pela vida humana e planetária. As tarefas são condensadas em sete: interpretar a condição humana na Terra; desenvolver a consciência ecológica de seus membros; participar da elaboração de uma epistemologia ambiental; promover a ética ecológica; dialogar sobre questões ambientais; agir conjuntamente pela causa ecológica; reencantar a natureza.</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><br />
</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>A obra tem conteúdo informativo, fruto de longa pesquisa. A leitura proporciona um contato direto com as fontes religiosas: mitologias, narrativas ancestrais, compêndios doutrinais e textos sacros. O autor inclui o debate atual sobre Ciência Ecológica, com os cientistas Edgar Morin, Enrique Leff, Pierre Dansereau, Alfredo Pena-Vega e James Lovelock. Também documentos internacionais entram na abordagem, como: <em>Convenção da Terra</em>, <em>Declaração sobre o ethos mundial</em> e <em>diretrizes ecumênicas</em>.</b></span></div><div align="justify" class="conteudo_simplesAZUL" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><br />
</b></span></div><div align="justify" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 4px; -webkit-border-vertical-spacing: 4px;"><span class="conteudo_simplesAZUL" style="text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Assim, o encontro entre Religiões e Ecologia começa na cosmovisão, passa pelos valores e se projeta num conjunto de tarefas em prol da vida e da sustentabilidade do planeta.</b></span></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-38746204734692381922011-03-27T01:31:00.000-03:002011-03-27T01:31:47.153-03:00Se conseguimos sonhar também conseguimos realizar os nossos sonhos!<div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLRyNXSySSHWS8FiOIy3J-nUrHjU82mc0tY1_eNdKuIeDc7-AsVoGFvjhCgozU0pRazIqXHrC-UMy2pRZCeEejOlFBY4Y3eJ19uDKSdLj2fTS9cUlSgXbs0C28K-UbT-AqKrYQlQ/s400/walt-disney.jpg" /></div><div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><i><b>E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Deixei de me importar com quem ganha ou perde.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de"amigo".</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida". </b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente. </b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade.</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><b>E desde aquele dia já não durmo para descansar... simplesmente durmo para sonhar.</b></i></div><div style="text-align: center;"><b>Walt Disney</b></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-85573787167828579072011-03-25T14:27:00.000-03:002011-03-25T14:27:05.158-03:00ROBINSON CRUSOÉ - 1º ano do Ensino Médio - Sociologia<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14px;"><i>Autor: Daniel Defoe nasceu na Inglaterra, em 1660, filho de burgueses de origem holandesa. Educado como protestante e dotado de grande espírito crítico, escrevia e distribuía panfletos criticando o rei católico Jaime II e, posteriormente, a rainha Ana, que procurou renovar a Igreja anglicana. Por essa razão, foi preso duas vezes. Em sua vida, viajou a Portugal e à Espanha, onde aprendeu sobre a vida nas colônias portuguesas e espanholas na América. Escreveu também O capitão Singleton, O coronel Jack, Roxana, O capitão Carleton e a obra-prima As aventuras e desventuras de Mol! Flanders. Obra: escrita em 1719, Robinson Crusoé é a obra que o tornou famoso. O romance foi inspirado na história verídica de um marinheiro escocês, que por quatro anos viveu isolado na ilha de Juan Fernandez, no Caribe. O livro conta a vida do jovem inglês Robinson Kreutznaer, logo conhecido como Robinson Crusoé. Tendo gosto por aventuras, torna-se marinheiro e experimenta toda sorte de peripécias, chegando inclusive a viver por algum tempo no Brasil. Em uma expedição malsucedida rumo à África, o navio em que viajava encalha e o bote salva-vidas naufraga com todos a bordo. Crusoé é o único sobrevivente e passa a viver sozinho em uma ilha desabitada, utilizando apenas os recursos que consegue salvar dos destroços do navio encalhado e sua própria engenhosidade em produzir as ferramentas e os utensílios necessários para a sua sobrevivência durante os anos em que vive na ilha.</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">"Andei sem rumo pela costa, pensando nos meus amigos, todos desaparecidos, com certeza mortos. O mar transformara-se em túmulo, além de carrasco. Longe, mar adentro, o navio continuava imóvel, encalhado. Eu estava molhado, sem água e sem comida. Nos bolsos, apenas uma faca, um cachimbo e um pouco de tabaco. A noite avizinhava-se. Afastada da praia, encontrei uma pequena fonte de água doce. Matei a sede. Para enganar a fome, masquei um naco de fumo. Sem abrigo, sem armas e com medo de feras selvagens, subi numa árvore para passar a noite. Consegui encaixar o corpo cansado no meio de grossos galhos, sem perigo de cair durante o sono. Adormeci logo. (p. 23) [ ... ] O navio, trazido pela tempestade, havia se deslocado para um ponto bem próximo à praia.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Continuava inteiro, sinal de que, se tivéssemos permanecido a bordo, estaríamos agora todos com vida. (p. 23) [ ... ] Em primeiro lugar salvei os animais domésticos que viajavam no navio: um cachorro e quatro gatos. (p. 24) [ ... ] Rapidamente fiz uma revista geral para ver o que podia salvar da carga. [ ... ] Já havia decidido trazer do navio todas as coisas possíveis de serem transportadas. Sabia não ter muito tempo: a primeira tempestade faria o barco em pedaços. (p. 25) [ ... ] Ia para bordo a nado e voltava sempre com uma nova jangada, aproveitando para salvar assim também o madeirame do navio. Consegui desse modo valiosas "riquezas" para um náufrago: machados, sacos de pregos, cordas, pedaços de pano encerado para vela, três pés-de-cabra, duas barricas! com balas de mosquete2, sete mosquetes, mais outra espingarda de atirar chumbo, uma caixa cheia de munições, o barril de pólvora molhada, roupas, uma rede, colchões e - surpresa! - na quinta ou sexta viagem, quando já acreditava não haver mais provisões a bordo, encontrei uma grande reserva de pão, três barris de rum e aguardentes, uma caixa de açúcar e um toneP de boa farinha ... (p. 25-26) [ ... ]<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Meu futuro não parecia tão bom ... Na verdade prometia ser triste, com poucas esperanças de salvação. Sozinho, abandonado numa ilha deserta, desconhecida e fora das rotas de comércio, não alimentava a menor perspectiva de sair dali com vida. Já me via velho e cansado, passando fome, sem forças para nada: morreria aos poucos. Isto se eu não morresse antes, vítima de alguma tragédia.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Muitas vezes deixei-me levar pelo desânimo. Não foram poucas as lágrimas que salgaram meu rosto. Nessas ocasiões, recriminava e maldizia a Deus. Como podia ele arruinar suas criaturas de modo tão mesquinho, tornando-as miseráveis, deixando-as ao completo abandono? (p. 29) [ ... ]<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Depois de dez dias, fiquei com medo de perder a noção do tempo. Improvisei um rústico, mas eficiente calendário. [ ... ] Todos os dias, riscava no poste um pequeno traço. De sete em sete dias, fazia um risco maior para indicar o domingo. Para marcar o final do mês, eu traçava uma linha com o dobro do tamanho. Dessa forma, podia acompanhar o desenrolar dos dias, conseguindo situar-me no tempo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Entre tantos objetos, havia trazido do navio tinta, papel e penas para escrever. E, enquanto a tinta durou, mantive um diário, relatando de forma resumida os principais fatos acontecidos. (p. 30) [ ... ] A falta de ferramentas adequadas tornava alguns serviços extremamente demorados. Mas, afinal, para que pressa? Eu não tinha todo o tempo do mundo? [ ... ] Também descobri que o homem pode dominar qualquer profissão que queira ... Aos poucos, tratei de deixar mais confortável o meu jeito de viver. (p. 31) [ ... ]<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Foi nessa época que fiquei doente, com febre, e tive alucinações. Vendo a morte muito próxima, fui incapaz de ordenar minhas ideias e colocá-Ias com clareza no papel. Hoje sei que esse período foi um dos piores da minha vida. A febre veio de mansinho. (p. 36) [ ... ] Num momento de lucidez, entre um ataque e outro de febre, lembrei-me de que, no Brasil, se usava fumo para curar a malária. E eu tinha, num dos caixotes, um pedaço de fumo em rolo e algumas folhas ainda não defumadas. Foi a mão de Deus que me guiou. Buscando o fumo, achei uma Bíblia, guardada no mesmo lugar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O fumo curou-me a febre: não sabia como usá-lo, por isso tentei diversos métodos ao mesmo tempo. Masquei folhas verdes, tomei uma infusão de fumo em corda com rum, aspirei a fumaça de folhas queimadas no fogo. Não sei qual dos métodos deu resultado: talvez todos juntos. A verdade é que sarei em pouco tempo. A Bíblia foi um bom remédio para a alma. (p. 37) [ ... ]<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sempre quis conhecer a ilha inteira, ver cada detalhe dos meus domínios. Acreditei que tinha chegado a hora. Peguei minha arma, uma machadinha, uma quantidade grande de pólvora e munições, uma porção razoável de comida e pus-me a caminho, acompanhado de meu cão ... (p. 42) [ ... ] Na volta, apanhei um filhote de papagaio. Os colonos brasileiros costumavam domesticá-los e ensiná-los a falar. Pensei em seguir-lhes o exemplo. (p. 43) [ ... ]<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Foi no início da estação das chuvas. Passando perto da paliçada4, num canto em que o rochedo projetava sua sombra, meus olhos fixaram-se em pequenos brotos germinando. Nunca tinha visto aquelas plantinhas ali. Curioso, aproximei-me a acreditei estar presenciando um milagre: uma ou duas dúzias de pezinhos de milho surgiam da terra. Era milho e da melhor espécie, não havia dúvida. (p. 32) [ ... ] Reconhecido, agradeci à Divina Providência por mais esse cuidado. Só passado algum tempo é que me lembrei de um fato acontecido dias antes. Precisava de algo para guardar restos de pólvora. Procurando no depósito da caverna, achei um velho saco de estopa. Pelos vestígios, no passado servira para armazenar grãos: no seu fundo havia cascas e migalhas de cereais. Para limpar o saco, sacudi esses restos num canto, perto da cerca: milagrosamente haviam germinado! (p. 33) [ ... ]<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Precisava de algo para moer o milho e transformá-lo em farinha. Sem instrumentos para fazer um pilão de uma pedra, fiz um de madeira, usando a mesma técnica que os índios brasileiros empregavam na confecção de suas canoas: queimavam a madeira, escavando-a, a seguir, com a plainaS. [ ... ]<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Poll, meu papagaio, aprendera a falar e acompanhava-me aonde quer que eu fosse. Fazia-me bem ouvir outra voz além da minha: pena não ser de algum homem." (p. 54)<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(DEFOE, Daniel. Robinson Crusoé - A conquista do mundo numa ilha. Adaptação em português de Werner Zotz. São Paulo: Scipione, 1986. Série Reencontro. )<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">1-Pequeno recipiente de madeira,destinadaa armazenar mercadorias<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">2-Antiga arma de fogo,parecida com uma espeingarda.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">3-Grande recipinete de madeira formado por dois tampos planos e tábuas encurvadas unidas por aros metálicos,<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">4-Cerca feita com estacas apontadas e fincadas na terra.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">5-Ferramenta manual para aplainar,desbastar,facear e alisar madeiras(p46)<o:p></o:p></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-59785704215086852011-03-24T14:19:00.001-03:002011-03-24T14:21:01.946-03:00A importância da Filosofia para a formação do pensamento dos alunos do Ensino Fundamental: Formação – Educação - Humanização<h3 class="post-title entry-title" style="color: #cc6600; font-family: Georgia, serif; font-weight: normal; line-height: 1.4em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0.25em; padding-bottom: 4px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><a href="http://boletimodiad.blogspot.com/2011/03/importancia-da-filosofia-para-formacao.html" style="color: #cc6600; display: block; font-size: 18px; font-weight: normal; text-align: right; text-decoration: none;"> <span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 20px;"><i><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-style: normal;">Profª. Ms. Sônia Siquelli</span></span></span></i><sup><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"></span></span></sup></span></a><div style="color: #5588aa; font-size: 18px; text-align: right; text-decoration: none;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2892583358043178282#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc" style="color: #5588aa; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="color: #cc6600; line-height: 25px;"></span></a><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2892583358043178282#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc" style="color: #5588aa; text-decoration: none;"><sup>1</sup></a></div></h3><div class="post-body entry-content" style="line-height: 1.6em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Final da primeira década do século XXI, sociedade humana, sociedade da técnica bem elaborada, sociedade marcada pelas desigualdades sociais, políticas e econômicas. Marcada pelas preocupações planetárias da possibilidade (in) certa da continuidade de sua existência. Uma sociedade “manca” de seus passos. Evoluiu-se muito na técnica e muito pouco na sua condição humana. Somos capazes, através da Ciência, de conhecermos o universo fora do planeta, mas ao mesmo tempo somos incapazes de convivermos em grupos, de dialogarmos com o </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><i>outro</i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">, de resolvermos os problemas humanos a partir de referências humanas.</span></span></div><div align="JUSTIFY" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
<br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Para abordar a importância da Filosofia, enquanto conteúdo e forma de ensino na formação de crianças e adolescentes do ensino fundamental partiremos do seguinte questionamento: Ensinar Filosofia para quê? E, por quê? Para isso façamos a seguinte reflexão a partir da conhecida tese de Heráclito de Éfeso, “</span></span><i><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Ninguém banha-se duas vezes no mesmo rio”. </span></span></i><i><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-style: normal;">Segundo esse filósofo ninguém na segunda vez, nem a pessoa nem o rio serão os mesmos. As águas passam, a pessoa muda e, ao banhar-se novamente no mesmo rio, trata-se de uma outra pessoa em novas águas. Nada é para sempre e tudo se transforma. Nós imprimimos uma mudança ao rio e o mesmo nos traz também novas realidades. Assim é a vida biológica, emocional, orgânica e social de todos os seres humanos na </span></span></span></i><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">elaboração de sua história, condicionamento pelo </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><i>tempo.</i></span></span></div><div align="JUSTIFY" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
<br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Heidegger, filósofo alemão do século XX, em uma de suas obras faz uso de uma alegoria para explicar a origem do Ser e do Tempo, coloca o homem como fruto da Terra, do Céu e dos Cuidados, tendo como mediador desta existência o Tempo. Nessa alegoria há um embate entre Céu e Terra, sobre a existência humana, mas segue a interpretação de que o homem na sua condição material é fruto da Terra, na sua condição espiritual é fruto do Céu e, durante seu processo de vida precisa de Cuidados. Quando este homem morre seu corpo volta a Terra, a alma ao Céu e quem sustenta todo esse processo é o Tempo.</span></span></div><div align="JUSTIFY" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
<br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Para a compreensão da nossa existência pautamo-nos em modelos, paradigmas que nos revele a Verdade sobre nossa existência e a existência do mundo. Do modelo racional e contemplativo grego, ao modelo racional e dogmático medieval, ao modelo experimental da Modernidade acerca de seus conhecimentos acumulados ao longo da história até o paradigma contemporâneo da linguagem, percebemos que a existência humana, a história da sua humanidade se constrói no seio da cultura pelo processo educacional.</span></span></div><div align="JUSTIFY" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
<br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Há nesses modelos de interpretação da realidade aqueles que são pautados na essência do homem, no primado racional de que a resposta dos problemas humanos está no próprio conhecimento que o homem possui e acumulou. Em outro, essa resposta se encontra na interação do homem com sua realidade, na sua condição existencialista. Enfim, no embate cultural da produção de conhecimento atual percebe-se em muitas culturas o retorno à tradição, em outras o vislumbramento do novo, da inovação, da Ciência, da Religião, da Arte, da Filosofia e do próprio Senso Comum, lugar da maioria da sociedade humana. Na prática social, há modelos que buscam no econômico a justificativa do fetiche humano como mercadoria da sociedade capitalista e neoliberal.</span></span></div><div align="JUSTIFY" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
<br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Enfim, não há um consenso na sociedade humana atual sobre sua própria existência. Não há um consenso sobre a natureza humana e nem dos valores que permeiam essa existência. Podemos pensar que se perdeu algo ao longo da História ou preferimos pensar que é chegada à hora, diante do “caos” instalado nas relações humanas, de forjar valores sociais, políticos, econômicos e, principalmente humanos para conduzir esse Homem à significação de sua existência e da sua continuidade.</span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Mas, por onde começar? Uma das possibilidades reais é pela Educação desta sociedade. Entendemos e acreditamos que o ensino de Filosofia desde a mais tenra idade, no ensino fundamental, vem contribuir para a formação dessa criança, desse adolescente e jovem que ao ser educado para conhecer e refletir sobre conhecimentos filosóficos irá forjar sua identidade no seu agir ético, enquanto </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><i>Ser Adolescente</i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">, enquanto </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><i>Ser Social</i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> e na constituição enquanto </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><i>Ser Humano</i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">. </span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Essa verdade filosófica pode parecer utópica nessa sociedade atual onde somos valorizados pelo que </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><i>Temos</i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> e não pelo que </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><i>Somos</i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">, mas com certeza é uma verdade que clama por uma atenção formativa por parte das instituições escolares. A prática escolar, a prática educativa e, consequentemente, a prática humana posta na vivência do cotidiano da formação das crianças e adolescentes do ensino fundamental, como forma de contribuição pessoal a cada aluno na sua busca de realização e de felicidade.</span></span></div><div id="sdfootnote1" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px;"><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2892583358043178282#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym" style="color: #5588aa; text-decoration: none;">1</a> <span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: xx-small;">Mestre e Doutoranda pela Universidade Federal de São Carlos-UFSCar. Professora de Filosofia do 6º ao 9º ano do Colégio Experimental Integrado, docente de Filosofia e História da Educação do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos em São João da Boa Vista e da Fundação Euclides da Cunha de São José do Rio Pardo</span></span></span></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-56851647318376517772011-03-23T22:10:00.000-03:002011-03-23T22:10:38.733-03:00Cura do Medo da Morte... (Ibn Sina)<div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;"><img height="254" src="http://www.haber34.com/hr/uluslararasi-ibn-sina-sempozyumu-3887.jpg" width="320" /></span></span></strong></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;"><br />
</span></span></strong></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;">EM NOME DE DEUS</span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;">, O CLEMENTE , O MISERICORDIOSO</span></span></strong></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;"><span style="color: black;"><strong>A CURA DO MEDO<span> </span>DA MORTE E O TRATAMENTO DO MAL DA AFLIÇÃO ADVENIENTE <span> </span>DA MESMA,<span> </span>DO<span> </span>AI-SHAIKH<span> </span>AL-RAÍS</strong></span><a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn1" name="_ftnref1" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;"><span style="color: blue;"><strong>[1]</strong></span></span></span></span></span></a><strong><span style="color: black;"></span></strong></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 14pt; margin-bottom: 0pt; margin-left: 42.5pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><br />
</div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 14pt; margin-bottom: 0pt; margin-left: 42.5pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><br />
</div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><strong><span style="color: black;">Tradução direta do árabe por Jamil Ibrahim Iskandar</span></strong><a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn2" name="_ftnref2" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><strong><span style="color: blue;">[2]</span></strong></span></span></span></span></a></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 14pt; margin-bottom: 0pt; margin-left: 42.5pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 19px; line-height: 28px;"><br />
</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 14pt; margin-bottom: 0pt; margin-left: 42.5pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 19px; line-height: 28px;">Louvado seja Deus, Senhor dos mundos, que suas bendições sejam sobre o nosso Senhor Muhammad<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn3" name="_ftnref3" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span></span></span></a> e<span> </span>seus familiares, os agradáveis, os castos.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 14pt; margin-bottom: 0pt; margin-left: 42.5pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 19px; line-height: 28px;"><br />
</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Sendo o medo da morte um dos mais vigorosos que acompanha o homem e sendo este medo geral e, em sua generalidade, o mais forte e severo de todos os medos, é necessário que eu diga que o medo da morte não se apresenta a não ser para quem, na verdade, não sabe o que é a morte ou não tem ciência para onde irá sua alma<span> </span>ou porque presume que se sofrer dissolução ou sua constituição se aniquilar, estaria, então, dissolvida sua essência e sua alma estaria aniquilada; uma aniquilação igual a do não-ser, presumindo que o mundo permanecerá, estando ele presente ou não, porque ignora a questão da permanência da alma e o modo do retorno da mesma ou<span> </span>porque<span> </span>presume que há forte sofrimento na morte, diferente do sofrimento pelas doenças que talvez o tenham acometido e foram a causa de sua aniquilação ou porque acredita que suas punições se apossarão dele após a morte ou porque está atônito, não sabe para<span> </span>onde<span> </span>irá<span> </span>após a morte ou porque lamenta por aquilo que deixará em riqueza e posses. Tudo isto são presunções falsas, não têm veracidade.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Quanto à ignorância a respeito da morte e não saber o que ela é, esclarecerei que a morte não é senão a alma deixar de utilizar seus instrumentos, que são os órgãos cuja soma chama-se corpo, tal como um artesão abandona seus instrumentos.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">A alma é uma substância não corpórea, não está sujeita e nem é receptiva à corrupção. Este esclarecimento necessita de conhecimentos que o antecedem. Isto está esclarecido e explicado em seu devido lugar<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn4" name="_ftnref4" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span></span></span></a>.<span> </span>Se esta substância abandonar o corpo, ela permanece e esta permanência lhe é própria, isenta das moléstias da natureza , feliz,<span> </span><span> </span>cuja felicidade é completa; não havendo meio para seu aniquilamento e para sua não existência. A substância não se aniquila enquanto é substância; sua essência não se aniquila, entretanto os acidentes, as particularidades, as relações e as correlações que existem entre a mesma e os corpos se anulam por intermédio de seus contrários. Quanto à substância, ela não tem contrário; cada coisa que se corrompe, se corrompe por seu contrário. Se você observar a substância corpórea, que é mais vil do que a substância nobre, a encontrará não sujeita à aniquilação e à destruição enquanto substância, mas<span> </span>uma substância em relação à outra modifica-se. Deste modo, rejeita-se alguma coisa própria da substância e rejeita-se seus acidentes.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Quanto à própria substância, ela permanece e não há meio para sua não existência e seu aniquilamento. A substância espiritual<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn5" name="_ftnref5" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[5]</span></span></span></span></span></a><span> </span>não aceita transformação nem alteração em sua essência, aceita , porém,<span> </span>a completude e as perfeições de sua forma.<span> </span>Como então imaginar nela o não-ser e a destruição?</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Quem tem medo da morte porque não tem ciência para onde irá sua alma ou porque presume que se seu corpo sofrer dissolução e sua constituição aniquilar-se, se aniquilariam tanto sua essência como sua alma e, além disso, ignorando a permanência da alma e a qualidade do retorno<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn6" name="_ftnref6" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[6]</span></span></span></span></span></a>, então, na verdade, não tem medo da morte mas, ignora o que é necessário saber. A ignorância é o medo e a causa do medo<span> </span>da morte,<span> </span>e esta ignorância é o que levou os sábios a desejarem o conhecimento e a dedicação em função deste, bem como a abandonarem os prazeres do corpo e o repouso do mesmo, optando pela aplicação e pela vigília. Perceberam que o descanso de se libertar da ignorância é o verdadeiro descanso e o verdadeiro cansaço é o cansaço da ignorância porque esta é uma enfermidade que está na alma e eximir-se dela é libertação e descanso duradouro e prazer eterno.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 7.1pt;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Quando os sábios creram nisso, refletiram e procuraram a verdade a respeito ,<span> </span>alcançando<span> </span>a mesma pelo intelecto e, assim, obtendo tranqüilidade, todas as questões terrenas ficaram simples para eles. Vilipendiaram tudo que as pessoas em geral consideram importante, como dinheiro e riqueza, os prazeres sensíveis e os desejos que levam a estes prazeres. Se os desejos forem de pouca afirmação<span> </span>e permanência, rapidamente perecem e desaparecem; trazem muitas preocupações quando existem e imensas aflições quando não existem, então os filósofos os evitaram na medida do necessário na vida e se consolaram com o mérito de viver nesta vida sem os vícios que mencionei e não mencionei também, porque estes não levam a um objetivo. Pois, se o ser humano alcançar um propósito nesta vida, é levado a outro propósito, sem limite nem término num limite. Esta é a morte da qual não se deve ter medo, e o empenho pela mesma<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn7" name="_ftnref7" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[7]</span></span></span></span></span></a><span> </span>é o empenho pelo efêmero, dedicar-se a ela é dedicar-se ao fútil; por isso, segundo o juízo dos filósofos, a morte são duas mortes. Uma voluntária e outra natural. Também, a vida são duas vidas: uma vida voluntária e outra natural - quiseram significar por morte voluntária, a morte da concupiscência e o abandono da exposição a ela e quiseram significar por vida voluntária aquilo em função do qual o homem se esforça na vida terrena no que diz respeito a alimentos, a bebidas e à concupiscência e quiseram significar por vida natural, a permanência da alma, duradoura na felicidade eterna pelo que adquire de benefício através do conhecimento e isenção da ignorância – por isso o filósofo<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn8" name="_ftnref8" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[8]</span></span></span></span></span></a><span> </span>Plotino, que Deus conceda o descanso à sua tumba, que perquiriu a sabedoria; recomendou e disse: “morra voluntariamente, viverás naturalmente”.<span> </span>As <span> </span>pessoas que têm medo da morte natural, têm medo do que é necessário suplicar, porque a pessoa é um “vivente racional, mortal”. Então, a morte é perfeição e completude e por ela atinge-se o mais alto grau de entendimento. Quem souber que toda coisa é composta por sua própria definição e sua definição é composta por seu gênero e suas diferenças (específicas) e que o gênero da pessoa é o vivente e<span> </span>suas diferenças são as coisas<span> </span>racionais e as mortais,<span> </span>sabe que depende de seu gênero e de suas diferenças porque todo composto, sem dúvida, depende da coisa a partir da qual foi composto. Quem ignorar aquilo do qual<span> </span>está<span> </span>tendo medo a perfeição de sua essência<span> </span>e qual é a pior situação,<span> </span>quem estimar que sua própria aniquilação se dá através de sua vida e sua imperfeição se dá através de sua perfeição, e, ainda,<span> </span>se o imperfeito tiver medo de se aperfeiçoar,<span> </span>ignora a si mesmo no máximo<span> </span>da ignorância. Então, é dever daquele que compreende, entristecer-se com a imperfeição e ser afável com a perfeição, procurar tudo que o aperfeiçoa,<span> </span>o completa e o dignifica e eleva sua situação. Deve desvincular-se do aspecto que acredita levá-lo ao medo e<span> </span>não se desvincular do aspecto<span> </span>que fortalece sua certeza e o acrescenta quanto à sua constituição<span> </span>e ao seu comprometimento. Assim, terá certeza<span> </span>que se a substância<span> </span>divina, nobre, ficar livre da substância corpórea grosseira, porém, uma libertação<span> </span>pura e sincera e não uma libertação mesclada e obscura, então atingirá o mundo mais elevado<span> </span>e retornará à Sua soberania e se aproximará de seu Criador;<span> </span>passará para a proteção do Senhor dos mundos e estará na companhia dos espíritos agradáveis, parecidos e semelhantes a ele e ficará salvo de seus opostos e seus diferentes.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">A partir disto,<span> </span>sabemos<span> </span>que aquele<span> </span>cuja<span> </span>alma separar-se de seu corpo porém, desejosa do corpo,<span> </span>compadecida, temendo a separação<span> </span>deste corpo, esta alma está no máximo do infortúnio e da dor em sua essência, e sua substância se distancia do aspecto de sua permanência, desejando a sua própria permanência para<span> </span>estabelecer-se nela.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Quanto a quem presume que a morte é uma dor terrível, diferente da dor das enfermidades que talvez tenham<span> </span>se lhe apresentado, sua presunção é falsa porque a dor se dá por apreensão e a apreensão pertence ao vivente e<span> </span>o vivente é<span> </span>quem recebe a influência da alma. O corpo que não tem influência da alma, não sente dor e nem tem sentidos<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn9" name="_ftnref9" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[9]</span></span></span></span></span></a>. Então, na morte, que é a separação da alma do corpo, não há dor porque o corpo só<span> </span>sente dor e tem sensação por intermédio da alma e a concretização da influência da mesma no corpo; se se tornar apenas<span> </span>corpo, não haverá<span> </span>influência sobre a alma, não haverá sentidos nem dor.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Ficou esclarecido, então, que a morte é uma situação para o corpo que se dá pela separação da alma deste corpo, a morte não será sentida nem traz dor, porque havia sensação e dor por intermédio da alma. Quanto a quem tem medo da morte por causa da sanção, então, na realidade, não tem medo da morte, mas tem medo da sanção; a<span> </span>sanção<span> </span>se dá sobre alguma coisa que permanece após a morte; então, sem dúvida ,<span> </span>este reconhece suas culpas e suas<span> </span>ações más,<span> </span>merecedoras de punição. Com isto, reconhece um legislador justo que sanciona<span> </span>pelas coisas más e não pelas boas ações. Portanto, quem tem medo da morte, tem medo de seus pecados e não da morte. Quem tem medo de seus pecados lhe é<span> </span>um dever evitar esses pecados. As más ações<span> </span>chamam-se<span> </span>pecados e procedem de disposições más;<span> </span>já<span> </span>‘mencionamos e lembramos seus contrários, ou seja, as virtudes’. Quem tem medo da morte sob esta forma e este aspecto, então ignora aquilo do que deve ter medo e tem medo daquilo que não exerce influência nem medo. Quem adquirir conhecimento, se afirma e quem se afirmar conhecerá a via da felicidade e, então, seguirá esta via. Quem<span> </span>segue o caminho da retidão visando a um objetivo, será , sem dúvida,<span> </span>conduzido a este objetivo. A afirmação que acontece por intermédio do conhecimento, é a certeza e a situação daquele que reflete sobre sua religião e está apegado à sabedoria da mesma.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Quem<span> </span>diz não ter medo da morte mas se entristece por deixar família, filho e riqueza e lamenta o que perderá de<span> </span>deleites e concupiscências<span> </span>do mundo, é necessário mostrar-lhe que o entristecer-se por algo que é imprescindível que aconteça, não há esforço útil por este algo. O ser humano está entre os vários elementos<span> </span>que existem por geração, engendrados corruptíveis. Todo<span> </span>ser engendrado, sem dúvida,<span> </span>é corruptível. Quem almeja não ser corruptível, então almeja não existir e quem almeja não existir almeja a corrupção de si próprio; é como<span> </span>se almejasse ser corruptível e almejasse não ser corruptível , almeja existir e não existir. Isto é impossível, não ocorre a quem intelige. Também, se fosse possível ao ser humano permanecer<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn10" name="_ftnref10" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[10]</span></span></span></span></span></a>, os nossos antecedentes teriam permanecido. Se todas as pessoas permanecessem com suas descendências e não morressem, a Terra não os comportaria. Você pode refletir sobre isto que estamos dizendo.</span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Foi estimado que um só homem que existisse desde há 400 anos até hoje e pertencendo a pessoas famosas, para que seja possível fazer o censo de seus filhos existentes, como por exemplo o Príncipe<span> </span>dos Crentes<span> </span>‘Ali Ben<span> </span>Abi<span> </span>Tálib<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn11" name="_ftnref11" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[11]</span></span></span></span></span></a>,<span> </span>que a paz recaia sobre ele,<span> </span>que tem filhos e seus filhos também têm filhos e permanecessem<span> </span>também gerando filhos e ninguém deles morresse. Calcule a quantidade<span> </span>dos mesmos em nosso tempo e encontrarás mais do que dez mil homens; calcule também todos os que<span> </span>viveram neste século<a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn12" name="_ftnref12" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;"><span style="color: blue;">[12]</span></span></span></span></span></a> na superfície da Terra, tanto no Oriente como no Ocidente da mesma. Se duplicar</span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;"><span style="color: black;"> este número, não haverá uma multiplicidade</span><a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn13" name="_ftnref13" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;">[13]</span></span></span></span></a><span style="color: black;"><span> </span>que os abranja nem uma quantidade que os conte. Calcule a superfície da Terra. É<span> </span>uma superfície conhecida e limitada. A Terra não os comportaria nem em pé nem amontoados, como então os comportaria sentados à vontade? Não restará lugar para construção nem lugar para o plantio nem trânsito para alguém nem<span> </span>haverá um movimento mais prioritário que outro. Tudo isto<span> </span>considerando<span> </span>um tempo pequeno. Como seria então se se aumentar o tempo considerado e as pessoas duplicarem nesta proporção?</span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;"><span style="color: black;">Esta é a situação de quem sente concupiscência<span> </span>pela vida eterna e tem aversão pela morte e estima que isto seja<span> </span>possível</span><a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn14" name="_ftnref14" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;">[14]</span></span></span></span></a><span style="color: black;">, em função da ignorância e de nada<span> </span>entender a respeito.<span> </span>Então,<span> </span>a sabedoria Divina eloqüente e a justiça ampla do governo imparcial, é Retidão que não tem<span> </span>ninguém<span> </span>justo superior a<span> </span>Ele. Ele é o máximo da generosidade e não tem<span> </span>propósito de vantagem.<span> </span>Aquele que tem medo da morte, tem medo da justiça de Deus e de Sua sabedoria, tem medo de Sua generosidade e de Sua doação. Portanto, a morte não é perniciosa, pernicioso é o medo da<span> </span>mesma. Quem tem medo da morte ignora-a e ignora a essência da mesma.</span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;"><span style="color: black;">A verdade sobre a morte é a separação da<span> </span>alma do corpo. Nesta separação não há corrupção da alma, é corrupção da composição do corpo. A substância da alma<span> </span>que é a essência do ser humano e sua parte mais importante e, também, sua redenção, permanece e não é corpórea. Acompanha-a o que acompanha os corpos, porém, nada de acidentes dos corpos a acompanha, tais como, a competitividade quanto a lugar porque não necessita de<span> </span>lugar e não se empenha quanto à permanência temporal porque prescinde do tempo.<span> </span>Mas o benefício desta substância através dos sentidos e dos corpos é completude para a mesma. Se se completar por intermédio destes</span><a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn15" name="_ftnref15" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;">[15]</span></span></span></span></a><span style="color: black;"> e depois<span> </span>desvincular-se dos mesmos, dirige-se para o seu mundo</span><a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn16" name="_ftnref16" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;">[16]</span></span></span></span></a><span style="color: black;"> nobre, próximo de seu Criador e de sua procedência, Querido e<span> </span>Excelso seja.</span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;"><span style="color: black;">O homem que pratica uma caridade por seu irmão falecido ou supre uma<span> </span>dívida do mesmo, fica feliz pela felicidade deste falecido –<span> </span>porque se a alma for una, o próprio praticante da caridade,<span> </span>e esta outra alma e as outras almas são uma só coisa mas, se esta alma for múltipla</span><a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/artigos/a-cura-do-medo-da-morte-ibn-sina#_ftn17" name="_ftnref17" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" title=""><span><span><span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt;">[17]</span></span></span></span></a><span style="color: black;">, o caridoso somente praticará esta amabilidade por esta alma em função de sua<span> </span>semelhança a ela - e essas almas<span> </span>semelhantes são como se fossem uma só coisa.</span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 42.5pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 42.5pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 19px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 14pt; line-height: 28px;"><span style="color: black;">Apesar de ter sido defensor do espírito racionalista e científico, Avicena mostra o apreço que tinha por sua religião.</span></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-4100217460942178562011-03-22T18:34:00.000-03:002011-03-22T18:34:10.120-03:00Núcleo de Pesquisas em Filosofia no Mundo Islâmico Medieval (NUR)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh4.googleusercontent.com/-67AVqduHRLc/TYkVl5zzljI/AAAAAAAAAoI/NwjenTjbVf0/s1600/R%25C3%25BBm%25C3%25AE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://lh4.googleusercontent.com/-67AVqduHRLc/TYkVl5zzljI/AAAAAAAAAoI/NwjenTjbVf0/s320/R%25C3%25BBm%25C3%25AE.jpg" width="305" /></a></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;"><br />
</span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;">Idealizado pelos professores Jamil Iskandar e Cecilia Cavaleiro de Macedo, o<span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;"> <strong>Núcleo de Pesquisas em Filosofia no Mundo Islâmico Medieval (NUR)</strong> </span></span>está sediado na Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - a primeira universidade brasileira a contar, em seu <a href="http://humanas.unifesp.br/novo/index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=27" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" target="_blank">Curso de Filosofia</a>, com duas cadeiras independentes de Filosofia Medieval Árabe e Filosofia Medieval Judaica.</span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;">O núcleo </span></span><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;">dedica-se a investigar o desenvolvimento do pensamento filosófico medieval sob o domínio islâmico através do estudo das obras de seus maiores expoentes, bem como suas origens e influências sobre a história do pensamento filosófico. Para tanto, conta com três linhas de pesquisa: duas delas contemplam a produção filosófica islâmica e a produção filosófica judaica do período, e uma terceira linha apresenta um espectro mais amplo, sendo dedicada à investigação das fontes destes pensamentos, dos diálogos possíveis com outras correntes filosóficas ou outros ramos do conhecimento, assim como dos desdobramentos posteriores destas importantes contribuições na história do pensamento até os dias atuais.</span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;">O trabalho principal do grupo consiste nas pesquisas individuais e compartilhadas dos professores integrantes e na orientação de monografias, trabalhos de iniciação científica e dissertações. Os pesquisadores participantes mantêm também um grupo de estudos presencial na <a href="http://humanas.unifesp.br/novo/index.php" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 124, 31) !important;" target="_blank">UNIFESP/Campus Guarulhos</a>, em caráter permanente, voltado a temas e obras compreendidos por estas linhas de pesquisa, assim como desenvolvem ações no sentido da divulgação desta área de investigação.</span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"> </div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;">Coordenação:</span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;"><strong>Prof.</strong> <strong>Dr</strong>.<strong> Jamil Ibrahim Iskandar</strong></span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;"><strong>Profa. Dra. Cecilia Cintra Cavaleiro de Macedo</strong></span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;"><strong><br />
</strong></span></span></div><div style="color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia;"><span style="color: black; font-size: small;"><strong>ACESSE => </strong></span></span><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><a href="http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/">http://www.sites.google.com/site/nurunifesp/</a></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-42738368378699252102011-03-17T17:56:00.001-03:002011-03-17T18:07:52.883-03:00Transformando alunos em Cidadãos Reflexivos: Novo Espaço Filosófico Criativo<h2 class="date-header" style="font-family: Georgia, serif; font: normal normal normal 78%/normal 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, Verdana, sans-serif; margin-bottom: 0.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1.5em;"><br />
<div style="color: #999999; letter-spacing: 0.2em; line-height: 1.4em; text-align: justify; text-transform: uppercase;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; letter-spacing: normal; line-height: 19px; text-transform: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">A partir da proposta de utilização da coleção Novo Espaço Filosófico Criativo, o aluno é convidado a ser co-autor do material, juntamente com o (a) professor (a) e a Comunidade de Aprendizagem Investigativa. Ser co-autor é participar do processo de ensino e aprendizagem. Sabemos que o ensino não garante a aprendizagem, porém com o método dinâmico e participativo da co-autoria, o aluno busca respostas para as questões e problemas propostos no material, construindo novos conceitos a partir do que o material lhes apresenta.</span></span></div></h2><div class="date-posts" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif;"><div class="post-outer"><div class="post hentry" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 1.5em;"><div class="post-body entry-content" style="line-height: 1.6em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.91cm;">O que buscamos como objetivos com as nossas Coleções?</div><ol><li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><b>Ensinar a pensar melhor:</b></div></li>
</ol><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;">Como? Despertando no aluno:</div><ul><li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;">o homem de entendimento;</div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;">o homem de razão;</div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;">o homem de instrução;</div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;">o homem que supera sentimentos e desejos instintivos.</div></li>
</ul><div align="JUSTIFY" lang="pt-PT" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.14cm;"><br />
</div><ol start="2"><li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT"><b>Construção da identidade – Sobre nós</b></span></div></li>
</ol><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.5cm;"><span lang="pt-PT">Na coleção Novo Espaço filosófico Criativo, os autores Sandra e </span><span style="color: black;"><span lang="pt-PT">Silvio, transportam-se para dentro do livro didático, assumindo os personagens Filos e Sofia, fazem uma apresentação de quem são, convidam os alunos a apresentarem-se de forma espontânea, iniciando um processo de conhecimento da comunidade. Acredita-se que ao conhecer-se</span></span><span lang="pt-PT"> a si mesmo, é necessario ir ao encontro do conhecimento do outro e do mundo em que vivemos, pois fazemos parte de um todo, somos seres (entes) que precisamos compreender nossos pensamentos e o que os outros pensam sobre nós e nossos comportamentos, para assim melhorarmos nossa conduta perante o mundo.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT"><b>Alguns Conceitos trabalhados na coleção Novo Espaço Filosófico Criativo de 1º ao 5º ano.</b></span></div><ul><li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Ser autor: criar com </span><span style="color: black;"><span lang="pt-PT">autonomia suas ideias;</span></span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Pertença: fazer parte de um mesmo grupo – idade, sala de aula, ideais,...;</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Comparação: Grande, pequeno, bom, mau, ...;</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Gostos: brincadeiras, cores, filmes, jogos, ...;</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Percepção: desenvolvimento dos sentidos;</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Preferências: comida, brinquedos, brincadeiras, filmes, desenhos, etc.</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Medos: do novo, do escuro, ...;</span></div></li>
</ul><ul><li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Ficar contente: com uma nova amizade, com um novo brinquedo, ...;</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Diferença entre Casa e lar;</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Amizade, consideração, colegas, conhecidos;</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Escola;</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Construção de Regras;</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Comunidade de aprendizagem investigativa.</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Conhecimento e compreensão: Compreender a si mesmo, o que está a nossa volta, o outro e o mundo.</span></div></li>
<li><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><span lang="pt-PT">Educar para as emoções, paixões, alegrias, infelicidades, crenças, esperanças, perdas, tudo que constitui a essência humana.</span></div></li>
</ul><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;"><span lang="pt-PT">O S.E.R. apresenta um método de trabalho que prevê a formação do homem como um todo (Paidéia grega), desde os educadores, pais e professores, oportunizando formações continuadas, presencial e EaD, assessorias filosófico-pedagógicas, Roteiros pedagógicos anuais, Seminários Regionais e Congressos Nacionais. Chegamos aos estudantes através dos materiais didáticos, projeto autor na escola, através de nossos sites <a href="http://www.portalser.net/" style="color: #5588aa; text-decoration: none;">www.portalser.net</a>, <a href="http://www.editorasophos.com.br/" style="color: #5588aa; text-decoration: none;">www.editorasophos.com.br</a> e através das comunidades sociais, Orkut, Facebook e Blog’s.</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;"><br />
<span lang="pt-PT">O programa </span><span lang="pt-PT"><b>Educação para o Pensar: Filosofia com crianças adolescentes e jovens</b></span><span lang="pt-PT">, tem a pretenção de desenvolver nos seus participantes, habilidades de raciocínio através de atividades desenvolvidas na Comunidade de Aprendizagem Investigativa. O professor(a) apresenta-se diante da comunidade como o mediador(a) dos conhecimentos, sendo um facilitador(a) do processo para seus alunos(as).</span></div><div align="JUSTIFY" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;"><br />
<span lang="pt-PT">Podemos considerar o programa Educação para o Pensar um método, onde é desenvolvida a disciplina do aprender a pensar bem. É algo que deve ajudar qualquer pessoa a elaborar suas estratégias cognitivas, situando e contextualizando informações e decisões, tornando-a apta a enfrentar os desafios da vida. É um método de aprendizagem que considera o erro e a incerteza humana, levando em consideração o processo e não o produto, sendo estes, parte do desenvolvimento e crescimento no processo de ensino e aprendizagem.</span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-PT" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="RIGHT" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;">Prof. Geverson Luz Godoy - <a href="mailto:godoy@portalser.net" style="color: #5588aa; text-decoration: none;">godoy@portalser.net</a> e</div><div align="RIGHT" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;">Prof. Luiz Carlos Kons – <a href="mailto:Luis@portalser.net" style="color: #5588aa; text-decoration: none;">Luis@portalser.net</a></div><div align="RIGHT" style="line-height: 19px; margin-bottom: 0cm;">Assessores filosófico-pedagógicos S.E.R.</div></div></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-12767160149243465642011-03-17T17:52:00.002-03:002011-03-17T17:52:43.049-03:00Três passos para a acessibilidade filosófica nas escolas<div class="date-posts" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px;"><div class="post-outer"><div class="post hentry" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 1.5em;"><div class="post-body entry-content" style="line-height: 1.6em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: xx-small;"><br />
Ricardo Valim</span><sup><span style="font-size: xx-small;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2892583358043178282#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc" style="color: #5588aa; text-decoration: none;"><sup>1</sup></a></span></sup></div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Geralmente quando em sala de aula falamos de filosofia ou da personalidade de um filósofo a primeira imagem que vem a cabeça de um jovem é a de um homem todo descabelado e com umas idéias que mais parecem coisas de maluco do que outra coisa. Na verdade este é um mito – por assim dizer – de tradição oral e, que passa de geração em geração, pelos corredores de nossas escolas. E com isso a filosofia vai ganhando descrédito com os alunos que vêem nestas “idéias de malucos” um “passaporte para o fracasso”. Visto que não achamos por aí um filósofo dono de uma multinacional com uma renda de milhares de cifrões ao ano.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">O primeiro passo a ser dado para reverter este processo é tornar a filosofia acessível às crianças. Ou seja, é o ato de trabalhar filosofia e conceitos filosóficos com as crianças na linguagem das crianças. É basicamente a modelagem de uma nova forma de<em><span style="font-weight: normal;">transmissão</span></em><b> </b>de temas e teorias de filosofia para as crianças. É preciso salientar que esta nova forma de educar filosoficamente não pretende anular ou fragmentar, abolir as correntes filosóficas que perpassaram os séculos. Mas sim, sem abandonar a tradição filosófica, proporcionar aos alunos uma filosofia que eles possam entender e degustar com facilidade.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Um segundo passo seria deixar as crianças falarem o que sentem e como vêem a filosofia no seu entendimento. Deste modo elas se sentiram importantes dentro de uma discussão e com isso poder-se-á fazer correções e de modo sorrateiro elas aprenderam por si mesmas o valor de sua opinião e como se portar diante de um conflito de idéias. Segundo o filósofo e educador norte americano Matthew Lipman em sua obra “A Filosofia vai à Escola”, não existe melhor método do que o da discussão em sala de aula porque a “... discussão, por sua vez, aguça o raciocínio e as habilidades de investigação das crianças como nenhuma outra coisa pode fazer” (LIPMAN, 1990, pag. 41).</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">E por ultimo, mas não menos importante é o exemplo do professor na sala de aula. As crianças, como se sabe, têm o habito de imitar os adultos nos seus gestos, palavras e ações. É basicamente uma forma primitiva de ingressar no circulo cultural adulto. Um professor em sala de aula que expõe seus conteúdos de forma clara, objetiva e apaixonada, obviamente os alunos vão se interessar e buscarão aperfeiçoar aqueles conteúdos, por que foram “cativados”. Já o contrário também pode ocorrer. As crianças por natureza são apaixonadas pelo conhecimento e é preciso cultivar, fortalecer esta paixão que brota de sua humilde e terna sinceridade. Diz-nos Lipman, “as crianças só acharam a educação uma aventura irresistível se os professores também a acharem...”.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">A educação filosófica deve ser vista e ensinada em nossas escolas não mais como um “passaporte para o fracasso”, mas sim com uma forma criativa de ler e interpretar a realidade e a partir desta leitura transformá-la em um lugar mais humano para se viver. E tudo isso deve começar com as crianças, pois são elas o futuro da humanidade mais esclarecida que queremos para o nosso futuro.</div><div id="sdfootnote1"><div class="sdfootnote"><br />
</div><div class="sdfootnote"><span style="font-size: xx-small;"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2892583358043178282#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym" style="color: #5588aa; text-decoration: none;">1</a> </span><span style="color: #888888; font-size: xx-small;">Bacharel em Filosofia pela Faculdade São Luiz de Brusque /SC e Pós Graduando em Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia pelo Grupo Uniasselvi Assevim de Brusque/ SC</span></div></div></div></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-25216114873404323122011-03-12T12:08:00.000-03:002011-03-12T12:08:34.341-03:00Estadistas globais – Artigo J. O Globo 12/03/2011<h1 style="color: black; font-size: 24px; line-height: 26px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 3px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</h1><div class="entry" style="color: #444444; font-size: 14px;"><a href="http://buarque.org.br/?attachment_id=9301" rel="attachment wp-att-9301" style="color: #cc0000; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; text-decoration: none;"><img alt="" class="alignright size-medium wp-image-9301" height="238" src="http://buarque.org.br/wp-content/uploads/2011/03/Obama-e-Dilma-250x238.jpg" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; float: right; margin-left: 10px; text-align: justify;" title="Obama-e-Dilma" width="250" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">Com o fim da guerra fria, os presidentes já não são defensores de ideias e posições estratégicas na geopolítica internacional. A globalização apequenou os dirigentes nacionais em agendas locais, sobretudo comerciais. A globalização ainda não produziu os estadistas globais que o mundo precisa. O estadista global precisa perceber a necessidade de ir além do comércio, deixar de ver as fronteiras de seu país como um problema alfandegário e migratório e entender seu papel na arquitetura do futuro mundial.</div><br />
<div style="text-align: justify;">O presidente Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff estão entre os poucos com condições de olhar para o mundo como estadistas globais, e não apenas como líderes de seus países. Ambos têm biografia comprometida com valores e princípios, com bandeiras de luta. Têm ideias e sentimentos dos problemas mundiais. Além disto, como negro e como mulher, cada um deles tem uma gênese biopolítica diferente dos seus antecessores. O que lhes permite sentimentos e posições novas em relação ao futuro.</div><div style="text-align: justify;">Por estas razões, a visita do presidente Obama ao Brasil e seu diálogo com a presidente Dilma nos permitem esperar um fato histórico, e não apenas mais um simpático gesto diplomático. De início já se percebe a grandeza de ambos ao lembrarmos que é a primeira vez que um presidente americano vem ao Brasil, antes de o colega brasileiro ir aos EUA.</div><div style="text-align: justify;">Mas para ter uma marca histórica, será necessário que os dois presidentes transformem o encontro em uma reunião de cúpula de dois estadistas globais, definindo agenda comum para os problemas do mundo.</div><div style="text-align: justify;">A proliferação de armas de destruição em massa e o terrorismo devem estar entre as principais preocupações desta agenda; aspectos comerciais não podem ser esquecidos, mas os problemas mundiais vão além. Os dois presidentes precisam colocar na agenda pelo menos três outros temas: a luta contra a pobreza, lembrando a fala da presidenta Dilma de que "mundo rico é mundo sem pobreza"; a subordinação da economia ao equilíbrio ecológico; e a defesa dos direitos humanos.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Roosevelt e Truman, já no espírito do estadismo da guerra fria, lançaram o Plano Marshall pela reconstrução da Europa; Kennedy, ainda no espírito da guerra fria, lançou o Alimentos para Paz e diversos programas de apoio ao desenvolvimento econômico de cada país subdesenvolvido. Obama e Dilma devem ir muito além, adaptando-se às exigências do mundo global no século XXI. Não mais unilateralmente vindo dos EUA e não mais apenas de desenvolvimento econômico de cada país. </div><div style="text-align: justify;"> </div><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Cristovam Buarque é Professor da UnB e Senador pelo PDT-DF</div><div style="text-align: justify;">Devem juntos lançar as ideias de um plano social global de luta contra a pobreza, sobretudo por sua superação pela educação, com a adoção mundial de programas como o Bolsa Escola e o apoio à escolaridade com qualidade para todas as crianças do mundo. E apresentar linhas de uma Carta a ser submetida aos chefes de estado e de governo na reunião Rio + 20, em 2012. Dilma e Obama têm manifestado preocupações ambientais, especialmente em busca de fontes alternativas de energia, e poderiam levar em conjunto este discurso para o mundo. Assinar uma aliança atualizando o conceito da autodeterminação dos povos para levar em conta o mundo como um condomínio de países com responsabilidades mútuas: com os direitos humanos; contra o terrorismo; impedindo a proliferação de armas de destruição em massa; e permitindo o uso do avanço técnico a serviço de toda a humanidade.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Dilma e Obama representam países fortes e têm qualidades pessoais para transformar um encontro de dois presidentes em uma reunião de cúpula de dois estadistas globais. O Brasil, os EUA e o mundo, nós de hoje e as gerações futuras esperamos que eles aproveitem a oportunidade que a História, a biografia e o mérito de cada um estão nos oferecendo.</div><div style="text-align: justify;"> Cristovam Buarque é Professor da UnB e Senador pelo PDT-DF</div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-45256438322984300002011-03-11T13:34:00.000-03:002011-03-11T13:34:03.172-03:00O Valor da Filosofia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh6.googleusercontent.com/-3CEqOUetj9g/TXpOyM3HoII/AAAAAAAAAoE/AF7x2yByRMc/s1600/paternon.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://lh6.googleusercontent.com/-3CEqOUetj9g/TXpOyM3HoII/AAAAAAAAAoE/AF7x2yByRMc/s400/paternon.jpg" width="400" /></a></div><div class="post-body entry-content" style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 1.6em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;"><span style="font-size: xx-small;"><b><br />
Bertrand Russell</b></span></div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Tendo agora chegado ao término de nossa breve e incompletíssima revisão dos problemas da filosofia, será conveniente considerar, para concluir, qual é o valor da filosofia e por que ela deve ser estudada. É da maior importância considerar esta questão, em vista do fato de que muitos homens, sob a influência da ciência e dos negócios práticos, propendem a duvidar se a filosofia é algo melhor que inocente mas inútil passatempo, com distinções sutis e controvérsias sobre questões em que o conhecimento é impossível.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Esta visão da filosofia parece resultar, em parte, de uma concepção errada dos fins da vida humana e em parte de uma concepção errada sobre o tipo de bens que a filosofia empenha-se em buscar. As ciências físicas, por meio de invenções, é útil para inumeráveis pessoas que a ignoram completamente; e por isso o estudo das ciências físicas é recomendável não somente, ou principalmente, por causa dos efeitos sobre os estudantes, mas antes por causa dos efeitos sobre a humanidade em geral. É esta utilidade que faz parte da filosofia. Se o estudo de filosofia tem algum valor para outras pessoas além de para os estudantes de filosofia, deve ser somente indiretamente, através de seus efeitos sobre as vidas daqueles que a estudam. Portanto, é em seus efeitos, se é que ela tem algum, que se deve procurar o valor da filosofia.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Mas, além disso, se não quisermos fracassar em nosso esforço para determinar o valor da filosofia, devemos em primeiro lugar libertar nossas mentes dos preconceitos dos que são incorretamente chamados homens práticos. O homem prático, como esta palavra é freqüentemente usada, é alguém que reconhece apenas necessidades materiais, que acha que o homem deve ter alimento para o corpo, mas se esquece que é necessário prover alimento para o espírito. Se todos os homens estivessem bem; se a pobreza e as enfermidades tivessem já sido reduzidas o mais possível, ainda ficaria muito por fazer para produzir uma sociedade verdadeiramente válida; e até no mundo existente os bens do espírito são pelo menos tão importantes quanto os bens materiais. É exclusivamente entre os bens do espírito que o valor da filosofia deve ser procurado; e somente aqueles que não são indiferentes a esses bens podem persuadir-se de que o estudo da filosofia não é perda de tempo.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">A filosofia, como todos os outros estudos, visa em primeiro lugar o conhecimento. O conhecimento que ela tem em vista é o tipo de conhecimento que confere unidade sistemática ao corpo das ciências, bem como o que resulta de um exame crítico dos fundamentos de nossas convicções, de nossos preconceitos, e de nossas crenças. Mas não se pode dizer, no entanto, que a filosofia tenha tido algum grande êxito na sua tentativa de fornecer respostas definitivas a seus problemas. Se perguntarmos a um matemático, a um mineralogia, a um historiador, ou a qualquer outro cientista, que definido corpo de verdades foi estabelecido pela sua ciência, sua resposta durará tanto tempo quanto estivermos dispostos a lhe dar ouvidos. Mas se fizermos essa mesma pergunta a um filósofo, ele terá que confessar, se for sincero, que a filosofia não tem alcançado resultados positivos tais como tem sido alcançados por outras ciências. É verdade que isso se explica, em parte, pelo fato de que, mal se torna possível um conhecimento preciso naquilo que diz respeito a determinado assunto, este assunto deixa de ser chamado de filosofia, e torna-se uma ciência especial. Todo o estudo dos corpos celestes, que hoje pertence à Astronomia, se incluía outrora na filosofia; a grande obra de Newton tem por título: Princípios matemáticos da filosofia natural. De maneira semelhante, o estudo da mente humana, que era uma parte da filosofia, está hoje separado da filosofia e tornou-se a ciência da psicologia. Assim, em grande medida, a incerteza da filosofia é mais aparente do que real: aquelas questões para as quais já se tem respostas positivas vão sendo colocadas nas ciências, ao passo que aquelas para as quais não foi encontrada até o presente nenhuma resposta exata, continuam a constituir esse resíduo a que é chamado de filosofia.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Isto é, no entanto, só uma parte do que é verdade quanto à incerteza da filosofia. Existem muitas questões ainda - e entre elas aquelas que são do mais profundo interesse para a nossa vida espiritual - que, na medida em que podemos ver, deverão permanecer insolúveis para o intelecto humano, a menos que seus poderes se tornem de uma ordem inteiramente diferente daquela que são atualmente. O universo tem alguma unidade de plano e objetivo, ou ele é um concurso fortuito de átomos? É a consciência uma parte permanente do universo, dando-nos esperança de um aumento indefinido da sabedoria, ou ela não passa de transitório acidente sobre um pequeno planeta, onde a vida acabará por se tornar impossível? São o bem e o mal importantes para o universo ou somente para o homem? Tais questões são colocadas pela filosofia, e respondidas de diversas maneiras por vários filósofos. Mas, parece que se as respostas são de algum modo descobertas ou não, nenhuma das respostas sugeridas pela filosofia pode ser demonstrada como verdadeira. E, no entanto, por fraca que seja a esperança de vir a descobrir uma resposta, é parte do papel da filosofia continuar a examinar tais questões, tornar-nos conscientes da sua importância, examinar todas as suas abordagens, mantendo vivo o interesse especulativo pelo universo, que correríamos o risco de deixar morrer se nos confinássemos aos conhecimentos definitivamente determináveis.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Muitos filósofos, é verdade, sustentaram que a filosofia poderia estabelecer a verdade de certas respostas a tais questões fundamentais. Eles supuseram que o que é mais importante no campo das crenças religiosas pode ser provado como verdadeiro por meio de estritas demonstrações. A fim de julgar tais tentativas, é necessário fazer uma investigação sobre o conhecimento humano, e formar uma opinião quanto a seus métodos e suas limitações. Sobre tais assuntos é insensato nos pronunciarmos dogmaticamente. Porém, se as investigações de nossos capítulos anteriores não nos induziram ao erro, seremos forçados a renunciar à esperança de descobrir provas filosóficas para as crenças religiosas. Portanto, não podemos incluir como parte do valor da filosofia qualquer série de respostas definidas a tais questões. Mais uma vez, portanto, o valor da filosofia não depende de um suposto corpo de conhecimento definitivamente assegurável, que possa ser adquirido por aqueles que a estudam.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">O valor da filosofia, na realidade, deve ser buscado, em grande medida, na sua própria incerteza. O homem que não tem umas tintas de filosofia caminha pela vida afora preso a preconceitos derivados do senso comum, das crenças habituais de sua época e do seus país, e das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada. Para tal homem o mundo tende a tornar-se finito, definido, óbvio; para ele os objetos habituais não levantam problemas e as possibilidades infamiliares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário, imediatamente nos damos conta (como vimos nos primeiros capítulos deste livro) de que até as coisas mais ordinárias conduzem a problemas para os quais somente respostas muito incompletas podem ser dadas. A filosofia, apesar de incapaz de nos dizer com certeza qual é a verdadeira resposta para as dúvidas que ela própria levanta, é capaz de sugerir numerosas possibilidades que ampliam nossos pensamentos, livrando-os da tirania do hábito. Desta maneira, embora diminua nosso sentimento de certeza com relação ao que as coisas são, aumenta em muito nosso conhecimento a respeito do que as coisas podem ser; ela remove o dogmatismo um tanto arrogante daqueles que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora; e vivifica nosso sentimento de admiração, ao mostrar as coisas familiares num determinado aspecto não familiar.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Além de sua utilidade ao mostrar insuspeitadas possibilidades, a filosofia tem um valor - talvez seu principal valor - por causa da grandeza dos objetos que ela contempla, e da liberdade proveniente da visão rigorosa e pessoal resultante de sua contemplação. A vida do homem reduzido ao instinto encerra-se no círculo de seus interesses particulares; a família e os amigos podem ser incluídos, mas o resto do mundo para ele não conta, exceto na medida em que ele pode ajudar ou impedir o que surge dentro do círculo dos desejos instintivos. Em tal vida existe alguma coisa que é febril e limitada, em comparação com a qual a vida filosófica é serena e livre. Situado em meio de um mundo poderoso e vasto que mais cedo ou mais tarde deverá deitar nosso mundo privado em ruínas, o mundo privado dos interesses instintivos é muito pequeno. A não ser que ampliemos o nosso interesse de maneira a incluir todo o mundo externo, ficaremos como uma guarnição numa praça sitiada, sabendo que o inimigo não a deixará fugir e que a capitulação final é inevitável. Não há paz em tal vida, mas uma luta contínua entre a insistência do desejo e a impotência da vontade. De uma maneira ou de outra, se pretendemos uma vida grande e livre, devemos escapar desta prisão e desta luta.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Uma válvula de escape é pela contemplação filosófica. A contemplação filosófica não divide, em suas investigações mais amplas, o universo em dois campos hostis: amigos e inimigos, aliados e adversários, bons e maus; ela encara o todo imparcialmente. A contemplação filosófica, quando é pura, não visa provar que o restante do universo é semelhante ao homem. Toda aquisição de conhecimento é um alargamento do Eu, mas este alargamento é melhor alcançado quando não é procurado diretamente. Este alargamento é obtido quando o desejo de conhecimento é somente operativo, por um estudo que não deseja previamente que seus objetos tenham este ou aquele caráter, mas adapte o Eu aos caracteres que ele encontra em seus objetos. Esse alargamento do Eu não é obtido quando, tomando o Eu como ele é, tentamos mostrar que o mundo é tão similar a este Eu que seu conhecimento é possível sem qualquer aceitação do que parece estranho. O desejo para provar isto é uma forma de egotismo, é um obstáculo para o crescimento do Eu que ele deseja, e do qual o Eu sabe que é capaz. O egotismo, na especulação filosófica como em tudo o mais, vê o mundo como um meio para seus próprios fins; assim, ele faz do mundo menos caso do que faz do Eu, e o Eu coloca limites para a grandeza de seus bens. Na contemplação, pelo contrário, partimos do não-Eu, e por meio de sua grandeza os limites do Eu são ampliados; através da infinidade do universo, a mente que o contempla participa um pouco da infinidade.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Por esta razão a grandeza da alma não é promovida por aquelas filosofias que assimilam o universo ao Homem. O conhecimento é uma forma de união do Eu com o não-Eu. Como toda união, ela é prejudicada pelo domínio, e, portanto, por qualquer tentativa de forçar o universo em conformidade com o que descobrimos em nós mesmos. Existe uma tendência filosófica muito difundida em relação a visão que nos diz que o Homem é a medida de todas as coisas; que a verdade é construção humana; que espaço e tempo, e o mundo dos universais, são propriedades da mente, e que, se existe alguma coisa que não seja criada pela mente, é algo incognoscível e de nenhuma importância para nós. Esta visão, se nossas discussões precedentes forem corretas, não é verdadeira; mas além de não ser verdadeira, ela tem o efeito de despojar a contemplação filosófica de tudo aquilo que lhe dá valor, visto que ela aprisiona a contemplação do Eu. O que tal visão chama conhecimento não é uma união com o não-Eu, mas uma série de preconceitos, hábitos e desejos, que compõem um impenetrável véu entre nós e o mundo para além de nós. O homem que se compraz em tal teoria do conhecimento humano assemelha-se ao homem que nunca abandona seu círculo doméstico por receio de que fora dele sua palavra não seja lei.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">A verdadeira contemplação filosófica, pelo contrário, encontra sua satisfação no próprio alargamento do não-Eu, em toda coisa que engrandece os objetos contemplados, e desse modo o sujeito que contempla. Na contemplação, tudo aquilo que é pessoal e privado, tudo o que depende do hábito, do auto-interesse ou desejo, deforma o objeto, e, portanto, prejudica a união que a inteligência busca. Levantando uma barreira entre o sujeito e o objeto, as coisas pessoais e privadas tornam-se uma prisão para o intelecto. O livre intelecto enxergará assim como Deus poderia ver: sem um aqui e agora; sem esperança e sem medo; isento das crenças habituais e preconceitos tradicionais: calmamente, desapaixonadamente, com o único e exclusivo desejo de conhecimento - conhecimento tão impessoal, tão puramente contemplativo quanto é possível a um homem alcançar. Por isso, o espírito livre valorizará mais o conhecimento abstrato e universal em que não entram os acidentes da história particular, que ao conhecimento trazido pelos sentidos, e dependente - como tal conhecimento deve ser - de um ponto de vista pessoal e exclusivo, e de um corpo cujos órgãos dos sentidos distorcem tanto quanto revelam.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">A mente que se tornou acostumada com a liberdade e imparcialidade da contemplação filosófica preservará alguma coisa da mesma liberdade e imparcialidade no mundo da ação e emoção. Ela encarará seus objetivos e desejos como partes do Todo, com a ausência da insistência que resulta de considerá-los como fragmentos infinitesimais num mundo em que todo o resto não é afetado por qualquer uma das ações dos homens. A imparcialidade que, na contemplação, é o desejo extremo pela verdade, é aquela mesma qualidade espiritual que na ação é a justiça, e na emoção é o amor universal que pode ser dado a todos e não só aos que são considerados úteis ou admiráveis. Assim, a contemplação amplia não somente os objetos de nossos pensamentos, mas também os objetos de nossas ações e nossos sentimentos: ela nos torna cidadãos do universo, não somente de uma cidade entre muros em estado de guerra com tudo o mais. Nesta qualidade de cidadão do mundo consiste a verdadeira liberdade humana, que nos tira da prisão das mesquinhas esperanças e medos.</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;">Enfim, para resumir a discussão do valor da filosofia, ela deve ser estudada, não em virtude de algumas respostas definitivas às suas questões, visto que nenhuma resposta definitiva pode, por via de regra, ser conhecida como verdadeira, mas sim em virtude daquelas próprias questões; porque tais questões alargam nossa concepção do que é possível, enriquecem nossa imaginação intelectual e diminuem nossa arrogância dogmática que impede a especulação mental; mas acima de tudo porque através da grandeza do universo que a filosofia contempla, a mente também se torna grande, e se torna capaz daquela união com o universo que constitui seu bem supremo.<span style="font-size: xx-small;"><span lang="en-US"><b> </b></span></span></div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;"><span lang="en-US"><b>Bertrand Russell - </b></span></span><span style="font-size: xx-small;"><span lang="en-US">1912, Oxford University Press, 1959, reimpresso em 1971-2</span></span><span style="font-size: xx-small;"><span lang="en-US"><b> - </b></span></span><span style="font-size: xx-small;">Tradução: Jaimir Conte</span></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-84028017748010245292011-03-10T20:48:00.000-03:002011-03-10T20:48:43.137-03:00Uma história sobre a liberdade<div style="bottom: 0px; left: 0px; position: absolute; right: 0px; top: 0px; visibility: visible; z-index: -9983;" t="0" u="1209" v="0" w="540"><!--?import namespace = g_vml_ urn = "urn:schemas-microsoft-com:vml" implementation
= "#default#VML" /--><g_vml_:shape coordsize="5370,12310" fillcolor="white" filled="t" path=" m0,50 l0,12000 at0,12000,100,12100,-500,12000,0,12500 l5310,12100 at5310,12000,5410,12100,5310,12500,5810,12000 l5410,50 at5310,0,5410,100,5810,0,5310,-500 l50,0 at0,0,100,100,0,-500,-499,25 e" stroked="f" style="height: 1208px; left: 0px; position: absolute; top: 0px; width: 538px;"><g_vml_:fill opacity="1"></g_vml_:fill></g_vml_:shape><g_vml_:shape coordsize="5370,12310" fillcolor="black" filled="f" path=" m0,45 l0,12055 at0,12000,100,12100,-500,12000,124,12484 e" strokecolor="#e7e7e7" stroked="t" strokeweight=".75pt" style="height: 1208px; left: 0px; position: absolute; top: 0px; width: 538px;"><g_vml_:stroke endcap="flat" joinstyle="miter" miterlimit="10" opacity="1"></g_vml_:stroke></g_vml_:shape><g_vml_:shape coordsize="5370,12310" fillcolor="black" filled="f" path=" m50,12100 l5365,12100 at5310,12000,5410,12100,5310,12500,5810,12000 e" strokecolor="#e7e7e7" stroked="t" strokeweight=".75pt" style="height: 1208px; left: 0px; position: absolute; top: 0px; width: 538px;"><g_vml_:stroke endcap="flat" joinstyle="miter" miterlimit="10" opacity="1"></g_vml_:stroke></g_vml_:shape><g_vml_:shape coordsize="5370,12310" fillcolor="black" filled="f" path=" m5410,12050 l5410,45 at5310,0,5410,100,5810,0,5310,-500 e" strokecolor="#e7e7e7" stroked="t" strokeweight=".75pt" style="height: 1208px; left: 0px; position: absolute; top: 0px; width: 538px;"><g_vml_:stroke endcap="flat" joinstyle="miter" miterlimit="10" opacity="1"></g_vml_:stroke></g_vml_:shape><g_vml_:shape coordsize="5370,12310" fillcolor="black" filled="f" path=" m5360,0 l50,0 at0,0,100,100,124,-484,-484,124 e" strokecolor="#e7e7e7" stroked="t" strokeweight=".75pt" style="height: 1208px; left: 0px; position: absolute; top: 0px; width: 538px;"><g_vml_:stroke endcap="flat" joinstyle="miter" miterlimit="10" opacity="1"></g_vml_:stroke></g_vml_:shape></div><div class="post-outer" closure_uid_5w897c="6" style="background: none transparent scroll repeat 0% 0%; border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; left: 1px; margin: 0px; position: relative; top: 1px;"> <div class="post hentry"><a href="" name="7877429850316435658"></a> <h3 class="post-title entry-title"><br />
</h3><div class="post-header"> <div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8M_aMhBbMd3qmAuvQ5S9uZ_-vM0gxB4JE39Md4sahCHDjQJ4Van5uI3wjTGn-vFRUieRIW3kZM0gPKYY_uy3gkHWlKVBKl1H6Rw_zTxge2XYLGOEUR6dPju-TqIlvD4VztIN-/s1600/suicidio.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553179609017764866" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8M_aMhBbMd3qmAuvQ5S9uZ_-vM0gxB4JE39Md4sahCHDjQJ4Van5uI3wjTGn-vFRUieRIW3kZM0gPKYY_uy3gkHWlKVBKl1H6Rw_zTxge2XYLGOEUR6dPju-TqIlvD4VztIN-/s320/suicidio.jpg" style="cursor: hand; float: left; height: 260px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 320px;" /></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">Num opúsculo, <b>Gramática da liberdade</b>, um filósofo contemporâneo nos convida a meditar sobre fatos como estes:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;"><span class="Apple-style-span">“Um homem foi esmagado pelo comboio 131 na linha 3 da estação do metropolitano de Saint-Lazare... Esse homem tinha 29 anos. Ontem, Bernardo andava em uma das extremidades da plataforma, de um lado para outro; afastou-se dos passageiros, inclinou-se para olhar as luzes da máquina e foi lançado sobre os trilhos, de pés juntos e braços ao longo do corpo, como mergulhador. Com suas pernas cortadas, o rosto queimado, morreu imediatamente. Ele não mais dobrará a esquina da Rua Ordener, onde, ainda criança, aprendera os jogos de bolas de gude e de gato empoleirado; não mais subirá a escada estreita onde o mau cheiro de frituras e da latrina; não lerá, apoiado pelo fogão a gás, sob a fresta da cozinha os anúncios de emprego do <b>Paristein libéré</b>. Ele havia aprendido a profissão paterna: alfaiate de meia confecção; há cinco meses estava desempregado: pequenos anúncios, escadas, recusas duras... e, depois, suas roupas tornaram de tal forma andrajosas que não ousava mais sair.</span></div><div class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">(Algum de nós já ficou dias inteiros deitados na cama com a impressão de não ter mais aspecto de homem, num mundo que recusa seu trabalho?)</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span class="Apple-style-span">Bernardo ouvia as panelas de sua mãe, do outro lado do tabique, ele vive à custa da mãe; saiu ainda uma vez; na fábrica, recusaram-no para servente porque era muito fraco; no escritório, um chefe de serviço olhou hostilmente seus sapatos furados: não há vaga. Às sete horas da manhã do dia seguinte, ele se insinuou para a entrada do metrô de Saint-Lazare, na hora de volta ao trabalho. Todos estão presos ao relógio, preocupados com o trabalho. Ele está livre. É livre, pode ir ao museu ou ver as flores dos parques, é livre para pensar a física de Einstein ou na Imaculada Conceição. No momento ele se sente livre, sobretudo para escolher entre o bico de gás ou os carros do metrô.</span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">São sete horas da manhã. Começa um dia de homem livre: Um homem foi esmagado pela composição 131. Bernardo, um homem livre entre os homens livres, foi esmagado por essa liberdade.</span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Isso revela um trágico brilho, a ambigüidade dessa palavra liberdade. O desempregado é livre, visto que não está sujeito aos horários da fábrica ou do escritório nem pelo peso da tarefa cotidiana. Ele é escravo, porque está sujeito à opressão da miséria. É livre para procurar o trabalho que os empregadores são livres para lhe recusar. E, em conseqüência, ele nem é mais livre para viver.</span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-size: x-small; line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span">Huisman, Denis e Vergez, André. Curso moderno de filosofia: introdução à filosofia das ciências. Trad. Lélia de Almeida Gonzalez. 5a. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1974. p. 317.</span></span></span></div></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-70212591751401179592011-03-10T14:07:00.000-03:002011-03-10T14:07:24.268-03:00Amigos na prosperidade ou na desventura?<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 17px;"><br />
</span></span><br />
<div class="post-header" style="color: #acacac; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content" style="position: relative; width: 498px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7KT1p24v7yMZrW5ymjE7bG_UaufRS4C5KFGZFlinCY5QrhydctXnr13BzPRDep-g8bzrFoMB1esDsqZeb2D4tj2K0b0xtVqIALSDHWwmWDw-l6boRxzlbE7falx-Lrish3_1D/s1600/22880m%C3%A3os+dadas+4.jpg" style="color: #c4934e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4; text-decoration: none;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5495964579030318898" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7KT1p24v7yMZrW5ymjE7bG_UaufRS4C5KFGZFlinCY5QrhydctXnr13BzPRDep-g8bzrFoMB1esDsqZeb2D4tj2K0b0xtVqIALSDHWwmWDw-l6boRxzlbE7falx-Lrish3_1D/s320/22880m%C3%A3os+dadas+4.jpg" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; cursor: pointer; float: right; height: 279px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; position: relative; width: 283px;" /></a><br />
<div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4; text-align: justify;">O que se lê abaixo é um trecho do livro XI do Ética a Nicômaco de Aristóteles.</div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4; text-align: justify;">Devorem...</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4;"><div style="text-align: justify;">"Há mais necessidade de amigos na prosperidade ou na desventura? Em ambos os casos, na verdade, as pessoas procuram amigos, considerando que precisam de ajuda tanto os que enfrentam dificuldades na vida, como também aqueles que, mesmo vivendo na prosperidade, necessitam de companheiros e de pessoas a quem beneficiar, pois, o que eles querem mesmo é fazer o bem. Ter amigos na desventura é deveras a coisa mais necessária, pois é nesses momentos que há necessidade de pessoas úteis, mas ter amigos na prosperidade é mais honroso; por isso procuram-se amigos estimados, considerando que é preferível beneficiar este tipo de pessoas e passar o tempo junto deles. De fato, a presença dos amigos é de per si agradável tanto na prosperidade como também na má sorte, pois mesmo aqueles que sofrem, ficam aliviados se os amigos sofrem com eles. Por isso, alguém poderia se perguntar se isso ocorre porque os amigos tomam como que uma parte do peso sobre si, ou não é propriamente por causa disso, mas sim, porque, sendo a sua presença agradável, e a idéia de que outra pessoa está sofrendo junto conosco, tornam menos o sofrimento. Entretanto, se quem sofre seja aliviado por este ou por outro motivo, deixemos de investigar por enquanto, confirmando porém, em todo o caso, o que dissemos há pouco. </div></span><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4;"><div style="text-align: justify;">O efeito da presença dos amigos, por outro lado, parece ser algo complexo. De fato, o próprio fato de ver os amigos é agradável, e de modo especial a quem está passando por uma situação ruim, recebendo dos amigos uma ajuda contra o sofrimento (na verdade, quando o amigo é competente, leva consolação tanto pela sua presença como também através de suas palavras; pois, ele conhece não só o caráter da pessoa que está sofrendo, como também o que ela deseja e sente). Por outro lado, é doloroso perceber que um amigo se aflige pelas nossas desgraças; na verdade, cada qual procura evitar ser causa de sofrimento para os amigos. É por isso que os homens corajosos por natureza se resguardam de comunicar o próprio sofrimento aos seus amigos, e um homem desse tipo, mesmo sem exceder na própria sensibilidade diante da dor, não suporta causar a eles qualquer sofrimento. Além disso, ele próprio afinal, não se aproxima de pessoas inclinadas a choradeiras, pois ele próprio não gosta disso. As mulherzinhas, porém, e os homens demasiado sentimentais gostam daqueles que também se afligem com eles. Ora, é evidente quem em cada coisa é necessário sempre imitar o melhor. A presença dos amigos na prosperidade, no entanto, torna agradável a nossa maneira de viver, proporcionando-nos a idéia de que eles também gozam dos nossos bens. Por isso, parece ser uma atitude positiva convidar com solicitude os amigos na prosperidade (é honroso, na verdade, beneficiar alguém); porém, quanto a convidá-los na desventura, é bom usar de cautela (considerando ser necessário evitar que eles participem o menos possível dos nossos males, obedecendo ao ditado que reza: “para ser infeliz basto eu”). Entretanto, é necessário convidá-los, sobretudo quando eles, com um pequeno incômodo, podem ser para nós de grande ajuda.</div></span><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4;"><div style="text-align: justify;">É oportuno pois, de nossa parte, prestarmos socorro a quem passa por momentos difíceis mesmo sem sermos chamados e com prestimosidade (de fato, é próprio do amigo favorecer a outros, sobretudo beneficiar a pessoas que se encontram na necessidade, mesmo quando nada pretendem; isso na verdade é mais bonito e mais agradável para ambos); para com aqueles que vivem na prosperidade, porém, é oportuno tratá-los como solicitude, mas só para colaborar (de fato, é justamente por isso que há necessidade de amigos), ao passo que para receber benefícios é preciso proceder com cautela (de fato, não é honroso desejar receber favores). Por outro lado, é preciso igualmente evitar a fama de sermos intratáveis recusando qualquer benefício: como, por vezes, acontece realmente. Portanto, em todos os casos a presença dos amigos parece desejável"</div></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-52243278769839345092011-03-10T14:02:00.000-03:002011-03-10T14:02:31.937-03:00ENEM 2010: Questões de Filosofia<div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">A política, foi inicialmente, a arte das pessoas se ocuparem do lhes diz respeito. Posteriormente, passou a ser a arte de compelir as pessoas a decidirem sobre aquilo de que na</span></span></span></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">da entendem.</span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;"><br />
</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">VALÉRY, P. Cadernos. Apud BENEVIDES, M.V.M. A cidadania ativa. São Paulo: Ática, 1996.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">Nesta definição o autor entende que a história da política está dividida em dois momentos principais: um primeiro, marcado pelo autoritarismo excludente, e um segundo caracterizado por uma democracia incompleta. Considerando o texto, qual é o elemento comum a esses dois momentos da história política?</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">a. A distribuição equilibrada do poder.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">b. O impedimento da participação popular.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">c. O CONTROLE DAS DECISÕES POR UMA MINORIA.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">d. A valorização das opiniões mais competentes.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">e. A sistematização dos processos decisórios.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">. . . . . . . . . . . . . . .</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem aos distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo. Martin Claret, 2009.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">a. Inércia do julgamento de crimes polêmicos.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">b. Bondade em relação ao comportamento dos mercenários.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">c. Compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">d. Neutralidade diante da condenação dos servos.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">e. CONVENIÊNCIA ENTRE O PODER TIRÂNICO E MORAL DO PRÍNCIPE.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">. . . . . . . . . . . . . . .</span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></div><div style="color: #444444; font-family: verdana; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores; a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas, ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo.</span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: verdana; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;"><br />
</span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: verdana; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">FOUCAULT, M. Aula de 14 e janeiro de 1976. In: Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.</span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: verdana; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades modernas é</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">a. Combater ações violentas na guerra entre as nações.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">b. Coagir e servir para refrear a agressividade humana.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">c. Criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">d. Estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">e. ORGANIZAR AS RELAÇÕES DE PODER NA SOCIEDADE E ENTRE OS ESTADOS.</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, serif;">. . . . . . . . . . . . . . .</span></span></span></span></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><div class="MsoNormal" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;">A ética precisa ser compreendida como um empreendimento coletivo a ser constantemente retomado e rediscutido, porque o produto da relação interpessoal e social. A ética supõe ainda que cada grupo social se organize sentindo-se responsável por todos e que crie condições para um exercício de pensar e agir autônomos. A relação entre ética e política é uma questão de educação e luta pela soberania dos povos. É necessária uma ética renovada, que se construa a partir da natureza de valores para organizar também uma nova prática política.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;">CORDI. et al. <b>Para filosofar</b>. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado)</span></div></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><div class="MsoNormal" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"></span></o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana; font-size: x-small;">O século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob este enfoque e a partir do texto, a ética pode ser compreendida como</span></div></span></div><div style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: justify;"><div class="MsoNormal" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">a. INSTRUMENTO DE GARANTIA DA CIDADANIA, PORQUE ATRAVÉS DELAS OS CIDADÃOS PASSAM A P<u>ENSAR E A AGIR DE ACORDO COM VALORES COLETIVOS.</u></span></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">b. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">Mecanismo de criação dos direitos humanos, porque é da natureza do homem ser ético e virtuoso.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">c. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">Meio para resolver os conflitos sociais no cenário da globalização, pois a partir do entendimento do que e efetivamente a ética, a política internacional se realiza.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">d. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">Parâmetro para assegurar o exercício político primando pelos interesses a ação privada dos cidadãos.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">e. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span">aceitação de valores universais implícitos numa sociedade que busca dimensionar sua vinculação à outras sociedades</span><span class="Apple-style-span">.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><br />
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, serif;">. . . . . . . . . . . . . . .</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">Na ética contemporânea, o sujeito é não é mais um sujeito substancial, soberano e absolutamente livre, nem um sujeito empírico puramente natural. Ele é simultaneamente os dois, na medida em que é um sujeito histórico-social. Assim, a ética atinge um dimensionamento político, uma vez que a ação do sujeito não pode mais ser vista e avaliada fora da relação social coletiva. Desse modo, a ética se entrelaça, necessariamente com a política, entendida esta como a área de avaliação de valores que atravessas as relações sociais e que interliga os indivíduos entre si.</span></div><div style="text-align: justify;"><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"></span></o:p></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">O texto, ao evocar a dimensão histórica do processo de formação da ética na sociedade contemporânea, ressalta</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">a. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Os conteúdos éticos decorrentes da ideologias político-partidárias.</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">b. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">O valor da ação humana derivada de preceitos metafísicos.</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">c. </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;">A sistematização de valores desassociados da cultura.</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">d. O SENTIDO COLETIVO E POLÍTICO DAS AÇÕES HUMANAS INDIVIDUAIS.</span></span></span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">e. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">O julgamento das ação ética pelos políticos eleitos politicamente.</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 16px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 15px;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 16px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 15px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, serif; font-size: x-small;">. . . . . . . . . . . . . . .</span></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">A questão tinha um quadrinho da Mafalda dizendo numa fila para vacinar-se a uma enfermeira:<b> "Viemos nos vacinar contra o despotismo"<o:p></o:p></b></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"></span></o:p></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Democracia: “regime político no qual a soberania é exercida pelo povo, pertence ao conjunto de cidadãos.”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">JAPIASSÚ, H; MARCONDES, D. <b>Dicionário Básico de Filosofia</b>. Rio de Janeiro: Zahar, 2006</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Uma suposta “vacina” contra os despotismo, em um contexto democrático, tem por objetivo</span></div></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">a. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Impedir a contratação de familiares para o serviço público.</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">b. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Reduzir a ação das instituições constitucionais.</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana;">c.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;">Combater a distribuição equilibrada de poder.</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana;">d. EVITAR A ESCOLHA DE GOVERNANTES AUTORITÁRIOS.</span></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">e. </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Restringir a atuação do parlamento.</span></span></div></span></span></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34172096.post-28872846255761506542011-03-10T14:00:00.000-03:002011-03-10T14:00:58.295-03:00UNESP: Questões de Filosofia (14.11.2010)<div class="date-outer" style="color: #444444; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><div class="date-posts"><div class="post-outer" style="background-color: white; border-bottom-color: rgb(231, 231, 231); border-bottom-left-radius: 5px 5px; border-bottom-right-radius: 5px 5px; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-left-color: rgb(231, 231, 231); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(231, 231, 231); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(231, 231, 231); border-top-left-radius: 5px 5px; border-top-right-radius: 5px 5px; border-top-style: solid; border-top-width: 1px; margin-bottom: 20px; margin-left: -20px; margin-right: -20px; margin-top: 0px; padding-bottom: 15px; padding-left: 20px; padding-right: 20px; padding-top: 15px;"><div class="post hentry" style="min-height: 0px; position: relative;"><div class="post-body entry-content" style="font-size: 14px; line-height: 1.4; position: relative; width: 498px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px;"><img alt="Resolução Comentada - Questão 55" src="http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/unesp/2011/1fase/55a.gif" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial;" /></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px;"><img alt="Resolução Comentada - Questão 56" src="http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/unesp/2011/1fase/56b.gif" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial;" /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px;"><img alt="Resolução Comentada - Questão 57" src="http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/unesp/2011/1fase/57c.gif" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial;" /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px;"><img alt="Resolução Comentada - Questão 58" src="http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/unesp/2011/1fase/58a.gif" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial;" /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px;"><img alt="Resolução Comentada - Questão 59" src="http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/unesp/2011/1fase/59e.gif" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial;" /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px;"><img alt="Resolução Comentada - Questão 60" src="http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/unesp/2011/1fase/60c.gif" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial;" /></span></div><div style="clear: both;"></div></div><div class="post-footer" style="color: #acacac; font-size: 13px; line-height: 1.6; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0.5em;"><div class="post-footer-line post-footer-line-1"></div></div></div></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13023874354994378213noreply@blogger.com0